Imprensa internacional repercute fim do processo da trama golpista e início da pena de Bolsonaro

 

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Jornais europeus e americanos apontam que o caso marca a primeira condenação de um ex-presidente brasileiro por golpe de Estado e observam queda de influência do líder da extrema direita. A conclusão do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por liderar uma trama golpista foi destaque na cobertura de agências internacionais e grandes veículos da imprensa estrangeira.

A notícia apareceu nas páginas principais de jornais europeus, como o The Guardian, do Reino Unido, Le Monde, da França, El País, da Espanha, e Der Spiegel, da Alemanha, e também em veículos americanos, como o New York Times, dos Estados Unidos, e o Clarín, da Argentina.

Os periódicos destacam que o trânsito em julgado ocorre poucos dias após tentativa de violação da tornozeleira eletrônica por Bolsonaro, que começa a cumprir pena no quarto de 12 metros quadrados onde já está preso, na superintendência da Polícia Federal em Brasília.

O El País afirma que as condições são semelhantes às da prisão do presidente Lula entre 2018 e 2019, e destaca que a pressão exercida por Donald Trump não conseguiu salvar seu aliado.

El País repercute fim do processo da trama golpista e início da pena de Bolsonaro

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O New York Times destaca ainda que outros presidentes do Brasil já foram preso - como Lula e Fernando Collor de Mello - mas que a condenação de Bolsonaro é a primeira por tentativa de golpe de estado.

The New York Times repercute fim do processo da trama golpista e início da pena de Bolsonaro

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Já o The Guardian afirma que a influência do líder populista de extrema direita diminuiu drasticamente, e que sua prisão gerou alívio entre brasileiros progressistas - que lembram de seu governo como um período de calamidade, em especial pela postura anticientífica que resultou em centenas de milhares de mortes durante a pandemia de covid. Por outro lado, destaca que bolsonaristas prometeram se mobilizar contra a prisão do líder, embora até o momento não tenham ocorridos protestos em massa.