Humanos podem ter descoberto fogo 350 mil anos antes do que se pensava, diz novo estudo britânico

 

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Um novo estudo publicado na Nature, maior revista científica do mundo, nesta quarta-feira, 10, afirma que os seres humanos aprenderam a controlar o fogo há 400 mil anos. Ou seja, 350 mil antes do que se pensava.

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Os pesquisadores apresentaram sedimentos queimados e pequenos machados de mão rachados por fogo. Eles ainda teriam encontrado dois fragmentos de pirita de ferro, um mineral usado, em períodos posteriores, para criar faíscas. Todos foram encontrados na vila de Braham, um sítio conhecido pela presença de Neandertais — onde eles teriam vivido ou, pelo menos, acampado.

Imagem de um neandertal e crânio

Reprodução Youtube

Rob Davis, arqueólogo paleolítico do Natural History Museum, que codirigiu a pesquisa, disse que “as implicações são enormes”: “A habilidade de criar e controlar fogo é um dos pontos de virada mais importantes da história humana, com benefícios práticos e sociais que alteraram nossa evolução”.

Antes disto, as evidências mais antigas do domínio do fogo eram de um sítio no Norte da França, datadas de 50 mil anos atrás. No caso, as evidências eram parecidas: pequenos machados de mão lascados por pirita de ferro para produzir faíscas.

Nick Ashton, curador da coleção do período paleolítico do British Museum, disse que esta é a maior descoberta da vida dele: “É incrível que alguns dos grupos mais antigos de Neandertais tinham o conhecimento das propriedades da pederneira, pirita e estopa para criação de fogo”.

O trabalho é um esforço conjunto de pesquisadores do Natural History Museum, Queen Mary University of London, University of Liverpool e a Leiden University.