Hamas diz estar disposto a entregar armas a uma autoridade palestina 'se ocupação terminar'

 

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O movimento islamista Hamas declarou neste sábado que está disposto a entregar suas armas na Faixa de Gaza a uma autoridade palestina que governe o território, com a condição de que termine a ocupação pelo Exército israelense. A desmilitarização do grupo, assim como a retirada gradual das tropas israelenses do enclave, está prevista na próxima fase do plano de cessar-fogo proposto pelo governo do presidente americano Donald Trump.

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O acordo, firmado entre os palestinos e Israel no início de outubro e mediado por autoridades dos EUA, Catar, Egito e Turquia, previa na primeira fase a libertação de reféns mantidos vivos em Gaza e o retorno dos corpos daqueles que morreram em troca da devolução de 2 mil prisioneiros palestinos que estavam detidos em Israel. Desde a assinatura, o Hamas e seus aliados libertaram os últimos 20 reféns sequestrados que ainda estavam vivos e 27 dos 28 corpos de reféns. O único corpo restante que ainda não foi devolvido é do policial israelense Ran Gvili.

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"Nossas armas estão vinculadas à existência da ocupação e da agressão", afirmou em um comunicado Khalil al Hayya, chefe negociador do Hamas e responsável pelo movimento em Gaza. "Se a ocupação terminar, essas armas serão colocadas sob a autoridade do Estado".

Consultada pela AFP, a assessoria de Hayya precisou que ele se referia a um Estado palestino soberano e independente.

"Aceitamos o envio de forças da ONU como força de separação, encarregada de vigiar as fronteiras e garantir o cumprimento do cessar-fogo em Gaza", acrescentou Hayya, destacando a rejeição de seu grupo ao envio de uma força internacional para o enclave palestino cuja missão seria desarmá-lo.