Hacker ameaça vazar 40 milhões de dados da editora da Vogue e Wired
A Condé Nast, companhia responsável pela publicação de revistas renomadas na indústria do entretenimento, como a Vogue, a The New Yorker e a Vanity Fair, passa por um momento delicado no quesito cibersegurança. Pesquisadores da Hudson Rock descobriram que um hacker ameaça vazar mais de 40 milhões de dados da empresa, o que pode afetar registros vinculados aos veículos. Mercado de dados: o que acontece com seu CPF depois que ele vaza? Hackers pagam até R$ 83 mil para funcionário trair a empresa e vazar dados Pelo que se sabe até o momento, tudo começou depois que a revista WIRED, também publicada pela Condé Nast, teve 2,3 milhões de credenciais expostas após um ataque. Segundo os especialistas, a ação ocorreu durante o Natal depois do criminoso alegar que a empresa teria ignorado seus alertas de segurança. Como resposta, o hacker agora quer vazar mais de 40 milhões de informações ligadas a registros das publicações da Condé Nast. A Hudson Rock ainda apontou que diversas tentativas de violação de segurança contra a companhia foram feitas desde novembro deste ano. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Ameaça de represália Batizado de “Lovely”, o agente malicioso acusou a Condé Nast de ser “negligente” em relação às falhas de segurança no sistema da companhia, afirmando que levou “um mês inteiro” para tentar convencer a corporação a corrigir tais vulnerabilidades. A acusação veio depois do hacker alegar ser um especialista em segurança em busca de possíveis fragilidades. Hacker ameaça vazar 40 milhões de dados da Condé Nast, incluindo informações vinculadas às revistas The New Yorker e Vogue (Imagem: Reprodução/Hudson Rock). A ameaça acendeu um alerta vermelho nos especialistas, já que a empresa é responsável pela publicação de vários veículos renomados, contando também com revistas como a Teen Vogue, GQ e Architectural Digest. Um vazamento de informações massivo poderia comprometer informações pessoais de assinantes de maneira gravíssima. Embora a Condé Nast ainda não tenha se manifestado em relação ao vazamento na WIRED e à ameaça de novas exposições, pesquisadores garantiram a legitimidade da operação maliciosa com a identificação do roubo de credenciais legítimas da revista. Dados da WIRED vazados Olhando mais detalhadamente no caso da WIRED, a Hudson Rock detectou vazamentos preocupantes após o ataque digital contra a Condé Nast. Segundo os pesquisadores, 2,3 milhões de e-mails de assinantes foram expostos, sendo que cerca de 285,9 mil nomes de usuários também foram vazados durante a ação. A operação ainda conseguiu coletar 102,5 mil endereços residenciais e 32,4 mil números telefônicos dos usuários, com datas de nascimento e nomes pessoais também revelados pela ação criminosa. Revista WIRED teve 2,3 milhões de endereços de e-mail vazados durante ataque (Imagem: Divulgação/MCTI). Para os pesquisadores, o vazamento na WIRED, seguido de uma chantagem para novas exposições, gera uma preocupação ainda maior para os assinantes da Condé Nast. Isso porque, caso o hacker realmente vá em frente com a ameaça, o nível de risco aumenta consideravelmente, abrindo espaço para a divulgação de informações pessoais de mais usuários e o uso ilegal de marcas consolidadas, como a Vogue e a The New Yorker, para realizar fraudes financeiras. Leia também: Telegram vira arma de hackers para espalhar apps clonados que roubam dados Como saber se sua senha vazou na dark web: métodos e ferramentas de verificação Software pirata e vídeos do YouTube espalham malware que engana antivírus Leia a matéria no Canaltech.
