Greta Thunberg colore Canal de Veneza de verde durante protesto e acaba proibida de entrar na cidade

 

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Ativistas climáticos tingiram o Grande Canal de Veneza de verde no sábado (22), horas antes de os países participantes da COP30, em Belém, aprovarem um documento mínimo que omite um mapa do caminho para abandonar os combustíveis fósseis. A ação levou Greta Thunberg, presente no protesto, a ser multada e proibida de entrar na cidade por 48 horas, junto com outros 35 integrantes do Extinction Rebellion.

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De acordo com a AFP, a organização ambiental afirmou que seus ativistas liberaram um corante ecológico em canais, rios, lagos e fontes de dez cidades italianas, em uma ação coordenada para chamar atenção aos “efeitos massivos do colapso climático”. Em Veneza, o pigmento transformou a água em um tom verde, e uma faixa com os dizeres “Parem o Ecocídio” foi estendida na Ponte Rialto.

Protesto em dia de cúpula climática

Greta participou do ato “Stop Ecocide”, no qual manifestantes vestidos de vermelho e com véus sobre o rosto caminharam lentamente entre visitantes, simbolizando um planeta em colapso. O governador criticou a intervenção, classificando-a como um gesto desrespeitoso à cidade e afirmando que o protesto buscava mais visibilidade do que conscientização ambiental.

A ação ocorreu paralelamente ao fim da COP30, marcada por tensões sobre a inclusão de compromissos contra combustíveis fósseis. Delegados não chegaram a um consenso para eliminá-los gradualmente, apesar da pressão de mais de 30 países. O acordo final apenas encorajou esforços voluntários, enquanto países petrolíferos rejeitaram metas mais ambiciosas.

A água estava repleta de redemoinhos verde-brilhantes enquanto turistas atônitos observavam

AFP

Expansão dos protestos e histórico de confrontos

Além de Veneza, o Extinction Rebellion empregou o mesmo corante em cidades como Gênova, Pádua, Turim, Bolonha, Milão, Parma, Trieste, Palermo e Taranto, em crítica à postura italiana nas negociações. Parte dos manifestantes argumentou que a ação evidenciou a urgência não refletida na cúpula, mesmo diante da reação de autoridades locais.

Greta, em meio ao novo episódio, também enfrenta repercussões de uma detenção recente em Israel, onde tentou integrar uma flotilha humanitária para Gaza. Ela relatou ter sido maltratada durante cinco dias sob custódia, acusações negadas pelo governo israelense. A ativista já teve outras confrontações com autoridades europeias em protestos contra subsídios aos combustíveis fósseis, incluindo atos reprimidos na Holanda.