Grande São Paulo tem mais de 53 mil imóveis sem energia
Com a previsão de novas pancadas de chuva em São Paulo e na Região Metropolitana, a Enel voltou a registrar aumento no número de imóveis sem energia elétrica. Na tarde desta quarta-feira (17), às 13h40, segundo a concessionária, 53.362 clientes estavam sem luz, o que corresponde a 0,62% do total de unidades atendidas. Somente na capital paulista, eram 31.362 imóveis no escuro, o equivalente a 0,54% da área de concessão.
O novo aumento ocorre uma semana após a passagem de um ciclone extratropical, na quarta-feira passada (10), que provocou ventos superiores a 98 km/h, derrubou árvores e danificou trechos da rede elétrica. No pico da crise, cerca de 2,2 milhões de imóveis ficaram sem energia em toda a área atendida pela concessionária.
A situação começou a ser considerada “normalizada” apenas no domingo (14), após quatro dias de apagões. Desde então, no entanto, a empresa tem registrado oscilações frequentes no fornecimento, cenário que pode se agravar diante das novas previsões de chuva. Nesta tarde, por exemplo, em um intervalo de poucos minutos o número passou de 48 mil imóveis sem energia para os atuais 53 mil
A Enel é responsável pela distribuição de energia em 24 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, atendendo cerca de 8,5 milhões de clientes.
A demora da Enel na recomposição do serviço voltou a ser usada como instrumento de pressão política pela Prefeitura de São Paulo e pelo governo estadual, que passaram a direcionar críticas ao governo federal. A crise levou a uma reunião entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), no Palácio dos Bandeirantes.
Após o encontro, o ministro anunciou que solicitará à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a abertura de um processo administrativo para avaliar caducidade do contrato da Enel São Paulo.
