Governo dos EUA publica fotos de porta-aviões USS Gerald R. Ford chegando ao Caribe

 

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O governo dos Estados Unidos divulgou, nesta sexta-feira, fotos de porta-aviões USS Gerald R. Ford, os maiores do mundo, chegando ao Caribe, em meio à mobilização de tropas americanas na região. Segundo o Comando Sul dos EUA (Southcom), o Grupo de Ataque de Porta-Aviões Doze já atua no oeste do Oceano Atlântico com a missão de dissuadir redes ilícitas, neutralizar ameaças transnacionais, proteger as Caraíbas e defender o território norte-americano. A chegada da embarcação, anunciada no fim de outubro pelo secretário de Defesa Pete Hegseth, reacendeu tensões com a Venezuela, que classificou o movimento como mais uma tentativa dos EUA de derrubar o presidente Nicolás Maduro.

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A entrada dos porta-aviões no Caribe ocorre em meio a uma mobilização militar de grande escala por parte dos EUA. O porta-aviões integra um poderoso grupo de ataque que inclui três contratorpedeiros, USS Mahan, USS Bainbridge e USS Winston Churchill, além de esquadrões de caça F-18 e helicópteros MH-60. Essas forças se somam a outros meios enviados recentemente para a região, como um submarino, embarcações anfíbias e jatos F-35 posicionados em Porto Rico, totalizando cerca de 10 mil militares americanos distribuídos entre o mar e bases terrestres.

O Pentágono afirma que o reforço visa desmantelar organizações criminosas transnacionais e ampliar a capacidade de combate ao narcotráfico no Hemisfério Ocidental.

Maior e mais avançado navio de guerra da Marinha dos EUA, o Gerald R. Ford conta com dois reatores nucleares de propulsão e um arsenal que inclui mísseis de curto e médio alcance, como o Sea Sparrow Evolved e o Rolling Airframe, além do sistema antimíssil CIWS. A embarcação tem 337 metros de comprimento e 40 metros de altura, transporta até 75 aeronaves e atinge velocidade de 55 km/h.

Construído entre 2009 e 2017, e batizado em homenagem ao ex-presidente Gerald Ford, o porta-aviões é considerado uma das plataformas de combate mais letais já produzidas pelos EUA.

A intensificação da presença militar acontece em meio a um cenário de crescente tensão regional. Na véspera do envio do porta-aviões, os EUA realizaram o 10º ataque contra embarcações suspeitas de transportar drogas, elevando para 43 o número de mortos nessas operações.

O presidente Donald Trump voltou a afirmar que pretende autorizar ações terrestres contra grupos ligados ao narcotráfico, comparando-os a organizações terroristas, enquanto o Pentágono anunciou exercícios militares com Trinidad e Tobago, a poucos quilômetros da costa venezuelana. Paralelamente, navios como o contratorpedeiro USS Gravely também têm aportado no Caribe para operações conjuntas.

As movimentações reacenderam a crise política entre Washington e Caracas. O governo de Nicolás Maduro acusa os EUA de promoverem um “cerco militar” para justificar uma intervenção e afirma que as Forças Armadas venezuelanas estão em alerta máximo desde agosto. Embora Maduro tenha alternado discursos de conciliação e advertências militares, incluindo menções ao apoio de China e Rússia, o chavismo vê o envio do Gerald R. Ford como uma ameaça direta à soberania do país. Em resposta, o líder venezuelano ordenou exercícios militares, reforçou tropas costeiras e intensificou a convocação de reservistas, afirmando que a Venezuela “tem meios para garantir a paz”.