
Fórmula 1: Verstappen é pole position no Azerbaijão, em dia de recorde de bandeiras vermelhas

A classificação do Grande Prêmio do Azerbaijão, realizado no Circuito de Baku, teve um clima de "salve-se quem puder" na manhã deste sábado. Em mais de duas horas, pilotos precisaram ter paciência para concluir o treino, protagonizado por uma sequência de batidas e seis bandeiras vermelhas, que paravam o relógio. Nem o líder do campeonato escapou: Oscar Piastri, da McLaren, se chocou com o muro e foi mais uma baixa no dia. O tetracampeão Max Verstappen (Red Bull), que não tinha nada a ver com isso, ficou com a pole position, desbancando Carlos Sainz (Williams) — que teve o melhor tempo em boa parte do Q3, mas que acabou se classificando em segundo. O terceiro colocado foi Liam Lawson, da Racing Bulls.
Este foi o recorde de bandeiras vermelhas numa sessão classificatória, superando o GP de São Paulo (2024) e o de Emilia-Romagna em 2022, com cinco, cada.
Sequência de batidas
Iniciado com muitas pausas, o Q1 teve três bandeiras vermelhas, que pausaram as provas. Alexander Albon (Williams) foi o responsável pela primeira, ao bater com a roda esquerda no muro. Com a avaria, a prova precisou ser paralisada para a retirada do carro da pista. Em seguida, foi a vez de Nico Hülkenberg (Sauber), que perdeu a asa dianteira ao se chocar com placa de publicidade, momento em que também furou um de seus pneus. No apagar das luzes do Q1, foi a vez de Franco Colapinto, da Alpine, bater em cheio — até então, o carro mais destruído nas ocorrências do dia — na placa de publicidade e acionar mais uma bandeira vermelha.
No início do Q2, mais uma bandeira vermelha: Oliver Bearman, da Haas, deu um toque no muro com o pneu direito traseiro durante uma curva e precisou deixar a classificação. Nesse caso, o relógio foi parado antes mesmo de os pilotos completarem a primeira volta. Ao fim do Q2, o brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber, e Lewis Hamilton, da Ferrari, estiveram entre os pilotos eliminados para a parte final do treino classificatório.
Na reta final, Charles Leclerc foi o quinto piloto a fazer a bandeira vermelha ser acionada. Seu carro, da Ferrari, bateu em cheio contra a placa de publicidade, o que destruiu o veículo. Naquele momento, em que os pilotos relatavam que a pista estava mais escorregadia, por conta da chuva que chegou a dar o ar da graça, Carlos Sainz, da Williams, tinha o melhor tempo. A sexta bandeira vermelha veio quando Oscar Piastri, que lidera o Mundial de Pilotos até aqui, também viu o carro se chocar com a parede.
Tudo parecia se desenhar para que Carlos Sainz conquistasse a pole position, feito que a Williams não consegue desde 2014, quando o brasileiro Felipe Massa se classificou em primeiro no GP da Áustria. Mas Verstappen estragou a festa, jogando Sainz para largar em segundo.
Lando Norris (McLaren) largará em 7º, enquanto Bortoleto se classificou em 13º.
— Fiz o que dava hoje. Coloquei o carro no Q2. Mesmo com uma condição difícil, também difícil de pilotar, a gente conseguiu entregar o carro inteiro. Óbvio que sempre quero estar no Q3, porque a gente se acostuma a fazer bons resultados, talvez eu pareça um pouco desanimado, mas eu tenho que ficar feliz com o que eu consigo tirar do carro — disse Bortoleto à Band após o classificatório.
Azerbaijão até 2030
Também neste sábado, a Fórmula 1 anunciou a renovação do contrato para a realização das corridas no Circuito de Baku, o que, até então, ia até o ano que vem. Agora, até 2030 o público irá acompanhar as corridas no circuito, cheio de curvas fechadas, às margens do Mar Cáspio.
— O circuito é único, com trechos técnicos e longas retas que atravessam o litoral deslumbrante e o centro histórico, proporcionando uma corrida divertida e cheia de acontecimentos todos os anos — disse Stefano Domenicali, presidente da Fórmula 1.