Expansão da Starlink leva Anatel a buscar novo monitoramento de satélites

 

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Na última terça-feira (18), a Anatel lançou uma Tomada de Subsídios, convidando empresas e desenvolvedores a apresentar soluções tecnológicas e estimativas de custos para um novo sistema capaz de acompanhar tanto satélites tradicionais quanto constelações de baixa órbita, como as usadas pela Starlink e outros serviços de internet via satélite. Anatel proibiu internet da Starlink para celular no Brasil? Entenda o rumor Starlink no celular sem antena pode chegar ao Brasil após mudança da Anatel O objetivo é garantir que as frequências e órbitas sejam usadas de forma segura e eficiente, sem interferências, e que as operadoras cumpram as normas internacionais. ✨ Acompanhe o Canaltech Ofertas no WhatsApp para saber das promoções

Atualmente, a Anatel depende de uma estação fixa no Rio de Janeiro, a EMSAT/RJ, criada em 2014. Com o crescimento de satélites de alto tráfego e constelações com milhares de unidades, o sistema atual se mostra insuficiente. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A EMSAT conta com sete antenas parabólicas e uma série de equipamentos para controle de sinais, automação e geolocalização, mas alguns sistemas, como o SatID de geolocalização, já estão inoperantes. O que a Anatel está buscando? A agência pretende adicionar novas funções e melhorar as capacidades do sistema. Entre os principais objetivos estão a possibilidade de monitorar satélites em diferentes regiões do país por meio de estações móveis, acompanhar constelações de satélites que se movem, captando seus sinais durante todo o trajeto, e monitorar vários satélites rapidamente em curtos intervalos de tempo. Também será avaliada a inclusão de novas faixas de frequência para garantir o uso eficiente de todas as autorizadas no Brasil, além de desenvolver ferramentas para medir aspectos técnicos importantes, como a potência dos sinais e a quantidade de feixes transmitidos, fundamentais para coordenar as redes de satélites. Expansão da Starlink leva Anatel a buscar novo monitoramento de satélites (Imagem: rawpixel/Freepik) Além disso, a Anatel pretende atualizar o sistema de automação da EMSAT, recuperar ou substituir o SatID e melhorar a automação da antena 4. Como o mercado pode contribuir A Tomada de Subsídios tem caráter consultivo e permite que fabricantes, integradores, desenvolvedores e operadoras de satélites apresentem soluções de hardware e software, estimativas de custos e sugestões de novas funcionalidades. As informações recebidas devem servir para subsidiar futuros processos de contratação, definindo o modelo mais eficiente para operação e manutenção do sistema. O setor de satélites no Brasil vem mudando rapidamente. Redes de satélites geoestacionários de alto tráfego e constelações NGSO, como a Starlink, tornam o monitoramento centralizado insuficiente. Com a Tomada de Subsídios, a Anatel espera reunir informações que permitam projetar um sistema mais moderno e distribuído. Leia também: "Starlink da Amazon" chega ao Brasil; veja como vai funcionar Starlink ganha permissão para lançar mini roteador no Brasil Starlink gera preocupações globais sobre sustentabilidade espacial, diz Anatel VÍDEO | STARLINK COMO FUNCIONA? | Curiosidades   Leia a matéria no Canaltech.