Espanha promete limitar impacto de surto de peste suína africana; taxa de mortalidade de animais beira 100%

 

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O ministro da Agricultura espanhol, Luis Planas, afirmou neste sábado que o governo está tentando limitar ao máximo o impacto no setor, um dia após o anúncio de um surto de peste suína africana na Catalunha, o primeiro desde 1994. A peste suína africana, inofensiva para humanos, é uma doença hemorrágica viral com taxa de mortalidade próxima a 100% entre porcos e javalis.

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Na sexta-feira, o Ministério da Agricultura anunciou em comunicado que dois javalis, encontrados mortos na quarta-feira a cerca de um quilômetro de distância um do outro na Catalunha, testaram positivo para PSA, algo inédito no país desde novembro de 1994.

O caso é constrangedor para a Espanha, o terceiro maior produtor mundial de carne suína e derivados. O país exporta 2,77 milhões de toneladas anualmente para mais de cem países, como observou o ministro Planas no sábado em coletiva de imprensa após uma reunião de emergência.

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As autoridades de Madri visam "minimizar o impacto econômico" no setor decorrente do fechamento imediato de um terço de seus mercados, incluindo o México, anunciado na noite de sexta-feira.

"A prioridade do ponto de vista sanitário" é "tentar erradicar, eliminar todos os casos possíveis nessa área e impedir sua disseminação", acrescentou a ministra Planas, referindo-se à origem do surto.

Na Europa, a peste suína africana está atualmente presente nos países bálticos e em vários países do Leste Europeu, tendo chegado via Rússia em 2014.