Entenda como se formam furacões como o Melissa, que ameaça o Caribe, e como são 'batizados'

 

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O furacão Melissa evoluiu para o nível 5, o mais alto na escala Saffir-Simpson (sistema para classificar funções e intensidade dos ventos), se tornando um dos furacões mais fortes já registrados na bacia do Atlântico, com ventos sustentados de 280 km/h. O governo jamaicano já ordenou evacuações obrigatórias para moradores da capital Kingston, Porto Real e os dois aeroportos internacionais do país foram fechados no domingo (26).

"Melissa agora é um furacão de categoria 5. Ventos destrutivos, marés de tempestade e inundações catastróficas vão piorar na Jamaica ao longo do dia e durante a noite", disse o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em boletim divulgado hoje.

Furacão Melissa: qual o risco?

Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, o furacão Melissa deverá atingir a Jamaica com "ondas destrutivas" e "impactos catastróficos de ventos", a ordem é que todos os moradores não saiam de seus abrigos. Após cruzar a ilha, ele deve ir em direção a Cuba, Bahamas e Ilhas Turcas e Caicos.

Como o furacão se forma?

Os furacões se formam a partir de áreas de baixa pressão atmosférica sobre regiões tropicais dos oceanos, sobretudo quando as águas estão muito quentes. Nesse ambiente, a intensa evaporação aumenta a umidade do ar e cria condições para fortes deslocamentos das massas de ar, favorecendo o desenvolvimento do fenômeno.

O furacão é um tipo de ciclone tropical, um fenômeno atmosférico formados sempre nas águas dos oceanos, sendo constituídas por elevados níveis de umidade. Eles podem durar até uma semana e, quando alcançam o litoral, causam grande destruição, com ventos que ultrapassam os 200 km/h.

Como são escolhidos os nomes dos furacões?

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) criou, em 1953, uma lista de nomes para identificar tempestades e furacões, para facilitar a comunicação com a população.

Até 1978, apenas nomes femininos eram utilizados. No ano seguinte, o catálogo passou a incluir nomes de ambos os gêneros.

A escolha dos nomes é feita por um comitê internacional, antes do início de cada temporada de tempestades.

As listas são rotativas e se repetem a cada seis anos, sendo substituídos apenas os nomes associados a fenômenos particularmente devastadores.

Furacão ou tornado: qual a diferença?

Furacões e tornados têm em comum o enorme potencial de destruição, mas diferem em vários aspectos, como tamanho, duração e previsibilidade.

Os tornados costumam ser bem menores, variam de poucos metros a cerca de um quilômetro de diâmetro, enquanto os furacões podem atingir impressionantes 1.600 quilômetros.

A duração também é distinta: os tornados geralmente duram de alguns segundos a pouco mais de uma hora, já os furacões podem se manter ativos por dias ou até semanas.

Outra diferença marcante está na capacidade de previsão. Furacões podem ser monitorados com antecedência, permitindo alerta e evacuações, enquanto tornados surgem de forma muito mais repentina, o que torna sua detecção e resposta mais difíceis.