Enquanto tempestade solar histórica ameaça rede elétrica na Europa, aurora boreal rara ilumina o céu do Reino Unido; entenda

 

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Uma tempestade solar atingiu a Terra nesta quarta-feira (12), com potencial para causar falhas de energia e interrupções nas comunicações no norte da Europa. O fenômeno, apelidado de “tempestade canibal”, ocorre quando múltiplas erupções solares se combinam, ampliando seu impacto no campo magnético terrestre.

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Nesta terça-feira (11), segundo a imprensa britânica, uma erupção solar de classe X5.1 — entre as mais intensas — provocou apagões de rádio na Europa e na África e formou impressionantes auroras boreais. Agora, uma segunda onda pode tornar o evento o mais forte em mais de duas décadas, segundo o Serviço Geológico Britânico (BGS).

Risco à rede elétrica e às comunicações

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) confirmou que duas ejeções de massa coronal já atingiram o planeta, oito vezes mais fortes que o normal, enquanto uma terceira ainda se aproxima. A NOAA alerta para falhas em rádios e sistemas de GPS até esta sexta-feira (14).

O Met Office classificou o evento como uma tempestade geomagnética G5, o nível mais extremo, capaz de causar danos a transformadores e instabilidade na rede elétrica. “Este pode ser o maior evento dos últimos 20 anos”, afirmou Gemma Richardson, do BGS.

Apesar dos riscos, o fenômeno tem produzido auroras boreais raras no Reino Unido. Segundo Krista Hammond, do Met Office, novas aparições podem ocorrer, mas o tempo nublado deve dificultar a observação, com melhores chances no norte da Escócia.

O poder do Sol

De acordo com a NASA, uma erupção solar é uma intensa explosão de radiação provocada pela liberação de energia magnética das manchas solares — os maiores eventos explosivos do sistema solar. Essas erupções são classificadas por intensidade: a classe X é a mais poderosa, seguida por M, C e B. Embora possam causar interferências nas comunicações, também são responsáveis pelas luzes coloridas que enfeitam o céu polar.

A interação entre as partículas solares e o campo magnético terrestre faz com que a atmosfera superior brilhe, formando as chamadas luzes do norte.