Em meio à aprovação do PL da dosimetria, Planalto vai blindar vidros do térreo do prédio em 2026

 

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Após quase três anos dos atos golpistas de 8 de janeiro, a presidência vai colocar vidros blindados no térreo do Palácio do Planalto. A ação é mais uma das coordenadas pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, para reforçar a segurança nos prédios da presidência, mas só deve ser colocada em prática em 2026 – mais de mil dias após os atos. O problema não é orçamento. Segundo o ministro, há dinheiro disponível, mas foram necessários ajustes e negociações com o Iphan por questão de patrimônio histórico.

Desde que assumiu o cargo, o general tem reforçado a segurança do palácio e colocou mais de 700 câmeras no prédio da presidência e nos anexos. No dia dos atos golpistas, eram apenas 60 e algumas nem funcionavam. A sala de monitoramento dessas câmeras também foi totalmente reformulada para garantir imagens mais nítidas e em tempo real.

No ano passado, o GSI ainda adquiriu três antidrones – que são capazes de derrubar dispositivos a até DOIS quilômetros de distância. Só neste ano, milhares de drones não autorizados foram abatidos. Em agendas do presidente fora de Brasília, os homens do GSI abateram 40 drones em menos de dois anos.

Há uma preocupação com o ano eleitoral: mais agendas, mais exposição do presidente da república e possíveis manifestações. O general Amaro admitiu que o período vai exigir mais esforço, mais homens e até mais equipamentos, mas descarta a possibilidade de um novo 8 de janeiro.

Apesar da aprovação do PL da dosimetria, que pode livrar muitos dos condenados da cadeia, o ministro-chefe do GSI acredita que há uma percepção na sociedade de que novos ataques serão severamente punidos. Ele também determinou a instalação de novas guaritas no palácio e análises de risco mais detalhadas com reforço de homens da guarda quando houver manifestação.