Dudu Nobre lança música nova e conta como dribla rumores e polêmicas
No Dia Nacional do Samba, Dudu Nobre chega com música nova após dois anos sem um single solo. “Não quero esse tititi” nasceu em 2018, foi gravada pouco antes da pandemia, mas foi lançada com clipe na sexta-feira. Se a música faz uma crítica ao “tititi” e à fofoca, a postura pessoal de Dudu Nobre é, em vez de entrar na briga ou se posicionar sobre cada polêmica, o silêncio estratégico.
— Fico quieto e deixo a poeira baixar. Não gosto de ficar polemizando, não. Respeito muito a opinião alheia, mas não me meto muito não, minha comadre — diz o cantor, que já se viu no meio do furacão com fofocas ligadas a seu nome, como de traição, e reflete: — Incomodar, incomoda, mas aí o que eu faço, né? Tranco a rede social dois dias e espero a próxima fofoca que vai sair. É o jeito! Faz parte e quem está na chuva é para se molhar.
Para Dudu, o celular se tornou “quase que um órgão do nosso corpo humano”. Ele confessa que sua rotina matinal começa, invariavelmente, checando WhatsApp, e-mail, notícias e Instagram.
— Virou um entretenimento. Vou passando, passando e vendo montão de coisa. Uso bastante o Instagram, acho mais leve. Em outras redes sociais, o pessoal tem umas opiniões mais ácidas e é complicado.
Gravação do clipe "Não quero esse tititi" de Dudu Nobre
Arthur Rodrigues
O artista conta como lida com os fãs e a exposição.
— Se eu não tô legal, prefiro nem sair de casa. As pessoas criam expectativa para falar com você, tirar uma foto. O pessoal já pega o celular e começa a filmar… Antigamente me incomodava, mas hoje entendo e vou levando de boa, minha comadre. Não adianta querer brigar ou se aborrecer. Tento atender todo mundo quando dá. Pra pessoa, aquela foto ou vídeo é algo pra vida inteira.
O cantor afirma que a data do Dia Nacional do Samba é um reconhecimento da importância do gênero.
— Fico muito feliz porque quando comecei, tinha uma grande dúvida sobre a continuidade do samba. Até me sentia muito solitário porque poucos jovens da minha época queriam cantar samba. O pessoal ia pro lado do pop rock, do funk. Mas hoje a gente já não tem a preocupação com a renovação porque está vindo gente muito boa e de qualidade aí.
Dudu opina sobre a cena atual , como lançamento de projetos no samba até de artistas de outros gêneros.
— Muitos vêm por uma questão de momento. Tem gente que aproveita a oportunidade e pula o muro (risos), vem do funk pro samba. Antigamente, a gente quebrava o pau. Hoje consigo ver de outra forma. O samba é o grande gênero nacional, com todo respeito ao forró, ao sertanejo. Mas quando você chega em outros lugares do mundo, a identidade do Brasil é o samba. A gente tem que abraçar todo mundo.
Quatro filhos
Olívia, que usa o nome artístico Lily Nobre, também aparece no clipe do pai. A filha mais velha de Dudu com Adriana Bombom, de 23 anos, migrou do trap para o pagode e está preparando um show para o ano que vem.
— Olívia sempre quis enveredar para o lado da arte. Já Thalita, de 22, tem a veia artística, mas faz faculdade de moda. João Eduardo com 14 anos é um cara da tecnologia, o lance dele é música eletrônica. Alícia, com 10 anos, acho que vai ser outra cantora da família. Na última semana, ela fez um recital tocando piano e cantando. Ela emociona, canta bem mesmo nova.
O cantor Dudu Nobre com a mulher e os três filhos mais novos
Instagram/reprodução
Casa cheia
Apesar da correria, Dudu mantém sua base em casa. Seu lar é cheio: além da mulher Priscila, dos três filhos mais novos, dois cães, um bengal, uma cacatua e uma arara!
— Olívia mora sozinha, mas o resto da tropa é aqui em casa. É uma loucura (risos). Adolescentes e crianças — diz ele, que fala do lado pai: — Tem que ter paciência. A gente fala ‘Faz isso e isso’ e geralmente eles não vão fazer. Quando quebram a cara, a gente dá o ombro. Mas são crianças maravilhosas, que escutam bsatante. Também dou toda liberdade para que façam suas escolhas e procuro apoiar.
O cantor Dudu Nobre com os filhos e a irmã Lucinha Nobre
Instagram/reprodução
