Coreia do Sul confirma que seis cidadãos do país estão presos na Coreia do Norte após presidente declarar desconhecimento: 'Primeira vez que ouço falar'

 

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A Presidência da Coreia do Sul confirmou nesta quinta-feira que seis cidadãos sul-coreanos estão detidos há vários anos na Coreia do Norte, após o presidente Lee Jae-myung afirmar, em entrevista coletiva à imprensa estrangeira, que desconhecia os casos.

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Ao ser questionado na quarta-feira sobre os sul-coreanos mantidos no Norte, Lee respondeu: "É a primeira vez que ouço falar disso".

Em comunicado, o gabinete presidencial informou que seis cidadãos do país, entre eles missionários cristãos e desertores norte-coreanos, permanecem presos desde suas detenções, entre 2013 e 2016, "por acusações de espionagem, entre outras".

Quatro deles foram oficialmente identificados por Pyongyang, que os acusa de espionagem — crime que pode resultar em penas severas, incluindo a morte.

"Na atual situação, em que o diálogo e as trocas intercoreanas estão suspensos por um longo período, o sofrimento do nosso povo causado pela divisão continua", afirmou a Presidência.

Durante a entrevista, Lee recorreu ao conselheiro de Segurança Nacional, Wi Sung-lac, para responder ao questionamento. Wi afirmou que há casos de sul-coreanos que não conseguiram retornar após entrar no Norte, além de "outros casos desconhecidos", mas não detalhou quando ocorreram as detenções.

A aparente falta de conhecimento do presidente repercutiu na imprensa local. O jornal conservador Chosun Ilbo chegou a classificar Lee como "desinformado".