Coreia do Sul aprova lei que proíbe lançamento de balões em direção ao Norte
O Parlamento da Coreia do Sul aprovou uma lei que proíbe o lançamento de balões não tripulados em zonas de exclusão aérea, em tentativa de conter o envio de panfletos e material de propaganda ao território norte-coreano.
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"Uma emenda à Lei de Segurança Aérea, que proíbe o voo de todos os balões não tripulados em zonas de exclusão aérea, foi aprovada em sessão plenária da Assembleia Nacional na terça-feira", anunciou o Ministério da Unificação de Seul em comunicado.
No ano passado, a Coreia do Norte afirmou ter "demonstrado" que o Sul teria enviado dispositivos para lançar folhetos sobre Pyongyang — acusação não confirmada pelo Exército sul-coreano.
Nesta quarta-feira, o presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, declarou que considera pedir desculpas ao Norte por uma ordem atribuída ao ex-presidente Yoon Suk Yeol, suspeito de autorizar o envio de drones e panfletos pela fronteira.
"Sinto que deveria pedir desculpas, mas hesito em falar em voz alta", afirmou em entrevista coletiva pelo primeiro aniversário da declaração da lei marcial por Yoon, episódio que mergulhou o país em crise e resultou na destituição do então chefe de Estado.
"Receio que, se eu fizer, isto poderia ser usado como munição para batalhas ideológicas ou acusações de ser pró-Coreia do Norte", acrescentou.
Promotores acusam Yoon de ter ordenado às Forças Armadas que sobrevoassem Pyongyang com drones e lançassem panfletos contra o regime de Kim Jong-un, na expectativa de provocar uma reação militar que justificasse a decretação da lei marcial sob o pretexto de emergência nacional. O ex-presidente foi acusado no mês passado de ajudar o inimigo.
Desde que assumiu o cargo, em junho, Lee adotou uma série de medidas para reduzir tensões na península, incluindo a retirada de alto-falantes de propaganda ao longo da fronteira.
