Condenado à morte nos EUA recebe clemência minutos antes de ser executado
Um homem do estado americano de Oklahoma, cuja execução estava marcada para esta quinta-feira por um assassinato ocorrido em 2002, foi poupado após uma decisão de última hora do governador do estado, embora permaneça preso pelo resto da vida. Tremane Wood, de 46 anos, receberia uma injeção letal às 10h, horário local (13h de Brasília), na Penitenciária Estadual de Oklahoma, em McAlester, pelo assassinato de Ronnie Wipf, de 19 anos, durante um assalto.
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A Comissão de Indultos e Liberdade Condicional de Oklahoma recomendou a comutação da pena de Wood por 3 votos a 2 em 5 de novembro, e o governador republicano Kevin Stitt a concedeu minutos antes da execução.
"Após uma análise minuciosa dos fatos e profunda consideração, decidi aceitar a recomendação da Comissão de Indultos e Liberdade Condicional de comutar a pena para prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional", declarou Stitt.
Jake Wood, irmão de Tremane, havia recebido uma sentença de prisão perpétua por seu envolvimento no assassinato de Wipf. Jake, que cometeu suicídio na prisão em 2019, confessou ter esfaqueado Wipf até a morte. Outra execução por injeção letal está marcada para esta quinta-feira em uma prisão estadual da Flórida. Bryan Jennings, de 66 anos, ex-fuzileiro naval, será executado pelo estupro e assassinato de Rebecca Kunash, de seis anos, em 1979.
Na sexta-feira, na Carolina do Sul, Stephen Bryant, de 44 anos, será executado por um pelotão de fuzilamento. Bryant se declarou culpado pelos assassinatos de três pessoas em 2004, escrevendo a mensagem "me pegue se puder" com o sangue de uma de suas vítimas. Quarenta e uma execuções foram realizadas nos Estados Unidos este ano. Trinta e quatro execuções foram realizadas por injeção letal, duas por fuzilamento e cinco por hipóxia por nitrogênio, que consiste em bombear gás nitrogênio através de uma máscara facial, causando a asfixia do prisioneiro.
O uso de gás nitrogênio como método de pena capital foi denunciado por especialistas das Nações Unidas como cruel e desumano. A pena de morte foi abolida em 23 dos 50 estados americanos, enquanto outros três — Califórnia, Oregon e Pensilvânia — mantêm moratórias. O presidente Donald Trump é um defensor da pena capital e, em seu primeiro dia de mandato, defendeu que seu uso fosse ampliado "para os crimes mais hediondos".
