5 tecnologias usadas pelos cibercriminosos para enganar na Black Friday
A cada ano, a tecnologia dos produtos melhora, em avanços que tambĂ©m tornam os pagamentos e atĂ© as ferramentas de busca de ofertas mais sofisticados. Toda Black Friday traz alguma inovação, mas nĂŁo Ă© sĂł a parte benigna do feirĂŁo de descontos que se renova: os hackers e golpistas em geral tambĂ©m aprimoram suas tĂĄticas, encontrando novas maneiras de enganar os usuĂĄrios. O que Ă© phishing e como se proteger? O que Ă© Engenharia Social? Aprenda a identificar e se proteger de golpes Em uma era em que a inteligĂȘncia artificial se desenvolve vertiginosamente, fica difĂcil fazer uma lista que nĂŁo inclua deepfakes, spoofing e outras tĂ©cnicas alimentadas pelas IAs na confecção de golpes. Para que vocĂȘ saiba onde estĂĄ pisando na hora de comprar, o Canaltech separou 5 tecnologias usadas pelos criminosos para enganar na Black Friday, preparando o terreno para que possamos encher o carrinho sem preocupaçÔes. Para complementar o assunto, entrevistamos Rubens Waberski, gerente de prĂ©-vendas da Akamai LATAM, que trouxe informaçÔes importantes acerca disso. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das Ășltimas notĂcias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incrĂveis.- 5. Deepfake ads NĂŁo Ă© de hoje que golpistas tentam fazer internautas clicarem em anĂșncios falsos, mas, recentemente, eles tĂȘm se tornado muito mais convincentes. Com tecnologia de IA, sĂŁo criados deepfakes de celebridades, polĂticos e outras figuras pĂșblicas, imitando aparĂȘncia, voz e trejeitos: um exemplo foi a falsa doação de panelas Le Creuset com um deepfake da cantora Taylor Swift. Um golpe recente envolveu vĂdeo deepfake da cantora Taylor Swift oferecendo panelas de luxo, fazendo estadunidenses passarem seus dados pessoais e atĂ© nĂșmeros de cartĂŁo (Imagem: Facebook) Como atĂ© os olhos mais treinados jĂĄ nĂŁo conseguem mais distinguir o real do fake, a dica para nĂŁo cair em falsos anĂșncios de promoção e descontos incrĂveis Ă© sempre desconfiar. Segundo Waberski, os treinamentos da IA sĂŁo feitos a partir de vĂdeos pĂșblicos, como lives, entrevistas e podcasts, e sĂŁo distribuĂdos atravĂ©s de redes de anĂșncios compradas em mercados paralelos, permitindo a injeção de propagandas falsas em sites pequenos e redes sociais menos fiscalizadas. O deepfake nĂŁo apenas engana o consumidor, mas tambĂ©m cria uma pressĂŁo social: se um famoso estĂĄ promovendo o serviço, ele deve ser legĂtimo. O consumidor, assim, chega no site fraudulento que imita um e-commerce real e descobre, sĂł apenas fazer a compra, que era tudo falso. Para se prevenir, entre na pĂĄgina que postou o anĂșncio e verifique se ela Ă© verificada e possui diversas postagens, nĂŁo apenas um Ășnico vĂdeo ou imagem, vĂĄ por conta prĂłpria no site oficial do anunciante ou da celebridade em questĂŁo e tenha sempre em mente: se parece bom demais para ser verdade, provavelmente Ă©. 4. Phishing perfeito com LLMs NĂŁo Ă© sĂł nas imagens que a inteligĂȘncia artificial engana a percepção humana. Com os Large Language Models (LLM), como ChatGPT e Gemini, golpistas conseguem gerar textos muito bem escritos e sem erros gramaticais, criando e-mails, SMSs e outros tipos de mensagem chamando a atenção do consumidor de forma eficiente. SĂŁo imitados bancos, varejistas e plataformas conhecidas, com a personalização sendo o diferencial, de acordo com Waberski: dados vazados criam e-mails que mencionam o nome da vĂtima, o produto pesquisado, a loja em que costuma comprar e atĂ© detalhes do endereço. Tentativas de phishing estĂŁo cada vez mais elaboradas, com textos perfeitos e imitação de sites graças a modelos de linguagem avançados (Imagem: Check Point Software) Especialmente em Ă©pocas de Black Friday, onde o fluxo de notificaçÔes sobre produtos cresce muito, o risco de que uma vĂtima clique em anĂșncios falsos Ă© grande. Para se proteger, fique atento a chamadas pedindo urgĂȘncia na compra ou dados de cartĂŁo outros dados pessoais crĂticos. 3. Clonagem de voz em chamadas de suporte Os deepfakes ficaram muito convincentes em vĂdeos jĂĄ prontos, mas sua evolução chegou, tambĂ©m, em tempo real: chamadas de ĂĄudio, com treino a partir de postagens de redes sociais que, segundo Waberski, bastam ter apenas alguns segundos, conseguem imitar a voz de familiares, figuras pĂșblicas e basicamente qualquer um. Timbre, entonação e atĂ© pausas sĂŁo copiadas Ă perfeição. No vishing, sĂŁo simuladas as vozes de atendentes de bancos ou plataformas de e-commerce, disfarçando a voz original do golpista (o chamado spoofing) para convencer o consumidor a comprar algo ou passar os dados do cartĂŁo para pagar por descontos, multas ou taxas do correio, liberação de entregas e afins. Ăs empresas, o risco Ă© ainda maior, pois, alĂ©m de enganar clientes, os golpes tentam acessar contas com suporte humano, explorando operados exaustos na Black Friday. Cuidado: nenhum estabelecimento pede esses dados ou exige urgĂȘncia em chamadas. Desligue e visite os sites oficiais imediatamente caso desconfie. 2. Fake reviews em escala AlĂ©m dos ataques direcionados, os esforços hackers tambĂ©m trabalham em iniciativas de massa, inundando pĂĄginas de produtos falsos com centenas e atĂ© milhares de avaliaçÔes positivas. Com as LLMs, as mensagens ficam âhumanizadasâ, reproduzindo mesmo erros de portuguĂȘs e linguagem informal para que os algoritmos e os consumidores acreditem estar vendo uma avaliação real. InteligĂȘncia artificial Ă© usada para imitar avaliaçÔes humanas em sites falsos e mesmo nos legĂtimos, fazendo usuĂĄrios pensarem que estĂŁo comprando um produto realmente recomendado por outros usuĂĄrios (Imagem: Reprodução/Google) Waberski conta que os bots alimentados por IA produzem avaliaçÔes longas, coerentes e cheias de detalhes, coisas que "sĂł um humano faria", na visĂŁo do consumir. AtĂ© sotaques regionais sĂŁo imitados, com histĂłrias de uso e pequenas crĂticas. AtĂ© mesmo os algoritmos das plataformas creem estar vendo avaliaçÔes de produtos e interpretam isso como popularidade e confiabilidade, impulsionando o produto para o topo da busca. O consumidor, tomando decisĂ”es apressadas na Black Friday, pode acabar caindo em produtos inexistentes (sofrendo golpes) ou de qualidade duvidosa. Para garantir que vocĂȘ estĂĄ lendo uma pĂĄgina verdadeira, sempre procure o site oficial da marca ou do produto e verifique sites que agrupam avaliaçÔes como Reclame Aqui para ter uma noção real do que pensam os consumidores. 1. Chatbots maliciosos De acordo com Waberski, os golpistas jĂĄ notaram que consumidores confiam mais facilmente em serviços que oferecem atendimento imediato, entĂŁo chatbots de IA estĂŁo presentes atĂ© mesmo em sites falsos, conseguindo conversar com fluidez, explicar produtos, simular empatia e orientar o cliente durante a compra. Sob o pretexto de âajudar na compraâ, esses agentes maliciosos tentam convencer o internauta a passar nome, endereço, CPF, nĂșmero do cartĂŁo, cĂłdigos de verificação e outras informaçÔes sensĂveis que podem ser usadas para roubar e fraudar compras. Como funcionam 24 horas por dia, o golpe vira uma operação industrial. Mesmo chatbots legĂtimos, como os assistentes de IA de navegadores modernos, podem ser manipulados atravĂ©s de tĂ©cnicas de injeção de prompt (como o truque do â#â), entĂŁo, na dĂșvida, nunca use chatbots ou assistentes virtuais para comprar: apesar de mais demorado, fazer compras manualmente garante maior segurança e evita que seus dados caiam na mĂŁo de criminosos. Confira tambĂ©m: 5 melhores notebooks para comprar atĂ© R$ 2.500 na Black Friday Qual TV comprar na Black Friday? Veja 4 opçÔes certeiras por faixa de preço Black Friday do Steam derruba preços de Red Dead 2, Hogwarts Legacy e mais VĂDEO | NOVO IPHONE 17 FICA MAIS BARATO NA BLACK FRIDAY?  Leia a matĂ©ria no Canaltech.
