Zubeldía diz não abrir mão de utilizar centroavantes no Fluminense e elogia criação de jogadas: 'Fico tranquilo'
O Fluminense venceu o Mirassol por 1 a 0 na noite desta quinta-feira, pelo Brasileirão, e poderia ter feito ainda mais gols. Porém, o problema das chances perdidas é algo que não perturba Luis Zubeldía. Na coletiva após o jogo, o treinador argentino se disse satisfeito por sua equipes estar criando situações de gols.
— Falta um pouquinho mais de tranquilidade, mais frieza na hora da decisão final. Por exemplo, a chance que (Lucho) Acosta teve, é difícil que perca, por ser um jogador acostumado a definir. É um pouco de tudo. Já o gol de Serna desvia em um jogador e entra no canto. Não estamos sendo suficientemente contundentes, mas criando situações de gols. Eu fico tranquilo. Quando competimos bem e temos chances, digo que a equipe fez as coisas bem. Para nós, era uma final. Faltou só ampliar o placar. Não tenho a receita — declarou.
Uma questão que acompanha seu trabalho é a utilização de centroavantes, já que Germán Cano, Everaldo e John Kennedy vivem baixa na temporada. Mas Zubeldía que seguirá utilizando algum dos jogadores em seu esquema.
— Pode haver alguma modificação, mas jogar sem centroavante, agora não. Temos bons nomes e, na maioria das vezes, eles jogaram bem. Não vejo motivo para jogar sem centroavante. Eu gosto dos três (Everaldo, Germán Cano e John Kennedy), mesmo que sejam de diferentes idades e características. Enquanto a equipe continuar criando situações de gols, para mim é o importante. O resto é questão de confiança e tranquilidade na área — tranquilizou.
Hoje, o escolhido para enfrentar o Mirassol foi Everaldo, que recebeu vaias da torcida. O treinador explicou a opção:
— Sentíamos que, nesta partida contra o Mirassol, eles jogavam alto, os zagueiros fazendo pressão. Eu precisava de um jogador que atuasse bem de costas, fazendo o pivô. Para nos ajudar a orientar as pressões com mais facilidade — disse.
Além de Everaldo, nomes como o zagueiro Freytes também foram alvos do torcedor na arquibancada. O treinador viu a situação com naturalidade, apesar de não aprovar.
— Não quero tirar a liberdade do torcedor de se expressar. Sempre há dois ou três jogadores que o torcedor exige mais, expõe. É normal no futebol. É normal. Queríamos que não existisse isso. Mas é normal. Há muitos que, depois, o torcedor reconhece. Me contaram que o Martinelli era muito exigido e agora o reconhecem. Amanhã é outro. Quando você se prepara bem, pouco a pouco vai reverter essa situação — comentou.
