Vítima de incêndio em depósito no Tatuapé é principal suspeito de ter provocado explosão
A Polícia Civil de São Paulo trata a vítima do incêndio em depósito que armazenava artefatos pirotécnicos no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, Adir de Oliveira Mariano, como principal suspeito de ter provocado a forte explosão que gerou o fogo no local. Além dele, outras dez vítimas, que estavam em seis casas vizinhas, foram atingidas — seis delas com ferimentos leves.
Explosão no Tatuapé: Defesa Civil interdita 21 imóveis vizinhos do depósito de fogos de artifício incendiado em São Paulo
Assista: vídeo mostra momento de explosão em galpão de fogos de artifício na Zona Leste de SP
Entre as vítimas em estado grave, está uma mulher que sofreu traumatismo cranioencefálico. O filho dela, de 19 anos, teve escoriações na mão. As causas do acidente ainda não são conhecidas. O episódio ocorreu por volta das 19h na Rua Francisco Bueno, número 79, Tatuapé. O imóvel ficou totalmente destruído.
A Defesa Civil de São Paulo interditou 21 imóveis vizinhos do depósito. Os moradores afetados foram abrigados por familiares, segundo o órgão. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o imóvel que explodiu não tinha alvará de produção ou armazenamento de fogos de artifício.
— Na verdade, ali era para ser uma residência, não era para funcionar aquilo. Em zona residencial, a legislação não permite que haja manuseio e estoque de fogos de artifício. Para isso, a empresa precisa cumprir uma série de requisitos, inclusive um distanciamento de comércios e casas. Justamente para num acidente não restarem vítimas — afirma a capitã Karoline Magalhães, porta-voz do Corpo de Bombeiros de São Paulo.
Vídeo mostra momento de explosão em galpão de fogos de artifício na Zona Leste de SP
Segundo a Defesa Civil, a Coordenadoria Municipal de Proteção foi acionada e constatou “grande dano patrimonial, atingindo diversos imóveis comerciais, residenciais e veículos”. Ao todo, 13 viaturas e 27 integrantes do Corpo de Bombeiros participaram do resgate das vítimas e da contenção do incêndio. Segundo a capitã, o material que restou foi encaminhado e não há mais risco de explosão.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a explosão atingiu imóveis vizinhos, derrubou estruturas metálicas e provocou danos em diversos veículos estacionados na região.
“A força do impacto também levou à interdição temporária da Avenida Salim Farah Maluf para garantir a segurança das equipes em atuação”, diz a nota.
Parte das vítimas foi encaminhada ao Hospital Nipo-Brasileiro. Outras vítimas foram socorridas a unidades de saúde próximas ou atendidas no local pelas equipes de emergência, segundo a pasta.
“Durante o rescaldo, o Corpo de Bombeiros acionou o Esquadrão de Bombas do GATE, que localizou um corpo carbonizado entre os escombros. A vítima, um homem, seria o suspeito de armazenar ilegalmente artefatos explosivos no interior do imóvel. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da explosão. O caso foi registrado como explosão, crime ambiental e lesão corporal no 30° DP. A perícia do local foi requisitada e o exame necroscópico será realizado pelo Instituto Médico-Legal. A SSP reforça que o armazenamento ilegal de materiais explosivos representa grave risco à vida e à integridade da população, e que todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas para esclarecer os fatos e responsabilizar eventuais envolvidos”, diz a nota.
