Vigilância de SP autoriza reabertura do Ministrão, bar dos Jardins interditado por suspeita de venda de bebida adulterada
O Ministrão Bar, localizado na região dos Jardins, em São Paulo, foi reaberto na manhã desta sexta-feira (17). O estabelecimento estava interditado desde o dia 30 de setembro, após suspeita de comercialização de bebidas adulteradas com metanol. A liberação foi feita pela Vigilância Sanitária municipal, que autorizou o funcionamento parcial do local.
A partir de agora, o bar poderá vender comidas, bebidas não alcoólicas, cerveja e vinho, mas segue proibido de comercializar destilados, como vodca, gim ou caipirinhas, conforme determinação das autoridades de saúde.
Lacrado: Vigilância Sanitária interdita bar Ministrão, nos Jardins, após caso de intoxicação por metanol
Em entrevista à Rádio CBN, o advogado do bar, Júlio Ribeiro, explicou que a decisão foi tomada na última quarta-feira.
– Nós fizemos pedido de reabertura há 10 dias, a Vigilância avaliou e decidiu que o Ministrão poderia ser reaberto parcialmente. E até agora não houve um laudo de alguma bebida do Ministrão que comprovasse que existiria alguma contaminação por metanol. Todos os laudos que saíram até agora e estão no inquérito policial, inclusive dos fornecedores da GRF, que é a maior fornecedora do Ministrão, são todos negativos – afirmou Ribeiro.
O Ministrão é o mesmo bar onde uma mulher relatou ter perdido a visão após consumir três caipirinhas. A casa havia sido interditada por risco iminente à saúde pública, e durante as operações, garrafas de bebidas destiladas foram apreendidas para análise laboratorial.
Apesar da reabertura, o registro de funcionamento do bar segue suspenso pela Secretaria da Fazenda do Estado.
No último dia 3 de outubro, o governador Tarcísio de Freitas anunciou que o governo de São Paulo cancelaria a inscrição estadual de bares e estabelecimentos que fossem flagrados vendendo bebidas falsificadas ou adulteradas, como parte das ações de combate à crise do metanol.
A defesa do Ministrão afirmou que pretende recorrer à Justiça para reverter a decisão.
Procuradas, a Vigilância Sanitária e a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo não responderam sobre a reabertura parcial do bar.
