Venezuela afirma que ex-governador morto em cadeia de Caracas sofreu infarto, após pressão dos EUA
O governo da Venezuela afirmou neste domingo que a morte do opositor Alfredo Díaz, na principal prisão de Caracas, aconteceu em decorrência de um infarto. A morte de Díaz foi confirmada neste fim de semana por organizações de defesa dos Direitos Humanos, e denunciada pelos EUA como "um lembrete da natureza vil" do regime chavista. Ele é o sexto opositor a morrer na prisão desde novembro de 2024.
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Ex-governador do departamento de Nueva Esparta (2017-2021), Díaz foi preso sob acusação de "terrorismo" e "instigação ao ódio". Organizações civis venezuelanas denunciaram que ele estava sendo mantido em isolamento há um ano, após ser detido durante os protestos desencadeados pelas controversas eleições de julho passado — nas quais Maduro reivindicou um terceiro mandato, sob acusações de fraude.
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"[Díaz] estava preso e isolado havia um ano; só permitiram uma visita de sua filha", afirmou Alfredo Romero, diretor da ONG Foro Penal, dedicada à defesa de detidos por razões políticas.
A morte do ex-governador provocou uma reação imediata de Washington. O Departamento de Estado americano se manifestou neste domingo, fazendo uma investida contra o governo de Nicolás Maduro, em um momento em que a frota americana, que inclui o maior porta-aviões do mundo, opera na região do Caribe.
"A morte do preso político venezuelano Alfredo Díaz, que foi detido arbitrariamente no centro de tortura de Maduro, El Helicoide, é mais um lembrete da natureza vil do regime criminoso de Maduro”, declarou o Departamento de Estado na conta da Secretaria de Assuntos do Hemisfério Ocidental na rede X. (Com AFP)
