Vendaval deixa 2 milhões de imóveis sem luz na Grande São Paulo

 

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O vendaval que atingiu São Paulo nesta quarta já deixou pelo menos 2 milhões imóveis da região metropolitana sem luz, afirma a concessionária Enel, que atende a maior parte dos municípios em questão. Esse número representa 31% do total de clientes da empresa de distribuição de energia na Grande São Paulo.

Apenas no município de São Paulo, são 1,3 milhão de imóveis sem luz, o que corresponde a mais de 22% dos clientes atendidos pela Enel.

A Defesa Civil registrou rajadas de mais de 80 km/h nesta manhã. Só na capital, o órgão recebeu 57 chamadas por quedas de árvores entre a noite de ontem e o início da quarta-feira. Os bombeiros receberam 514 chamados.

O apagão ocorre sobretudo por falhas locais de ligação decorrentes de quedas de árvores e danos a postes em razão do forte vento. Parte dos locais com problema de desabastecimento já estava sem energia durante a madrugada, em razão das chuvas da noite passada.

Rajadas extremas: Ciclone extratropical leva ventos de até 87 km/h a cidades paulistas

A condição climática de São Paulo está ainda sob influência do ciclone extratropical que se formou no Atlântico Sul. Na manha desta quarta-feira, a capital amanheceu sem chuva, mas os ventos fortes continuaram.

Árvore caída na Avenida Rio Branco, na região central de SP, nesta quarta

Maria Isabel Oliveira / O Globo

Os municípios mais afetados por quedas de energia foram na parte oeste da região metropolitana. Em Pirapora do Bom Jesus, mais de 87% dos imóveis chegaram a ficar sem luz às no início da tarde de hoje, segundo a Enel. Em Vargem Grande, 55% dos clientes chegaram a ficar sem energia e, em Cotia, 74%. Na capital, o número é de 22%, mas a concessionária não detalha o problema por bairro.

Em comunicado, a Enel informa que sua área de concessão segue sendo afetada por fortes rajadas ainda nesta tarde e que trabalha para restabelecer a energia nos locais afetados.

"Por causa dos ventos, em alguns pontos a rede elétrica é atingida por objetos e galhos, o que prejudica o fornecimento, além da queda de árvores", diz a nota. "Às 10h, a estação Mirante de Santana do Instituto Nacional dInmet registrou rajadas próximas de 80 km/h."