'Vantagem abismal', treinador na corda bamba e desfalque de peso: veja como chega o Cruz Azul para partida contra o Flamengo na Copa Intercontinental
O Cruz Azul desembarcou em Doha para o Mundial Interclubes em uma realidade que nenhum time gostaria: pressionado, questionado pela torcida e desfalcado de um dos seus principais jogadores. Rival do Flamengo, o time foi eliminado nas semifinais do Apertura, o clube mexicano vive ambiente de contestação que se intensificou nas redes sociais, especialmente no X, onde a hashtag #FueraLarcamón dominou o debate.
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A campanha irregular no torneio local levou a uma ruptura entre torcida e comissão técnica. Contratado em junho, logo após o título da ConcaChampions, Nicolás Larcamón ainda não conseguiu consolidar um trabalho. A eliminação para o Tigres acentuou as críticas e ecoou o histórico recente do treinador, que já vinha de uma passagem conturbada no Cruzeiro. No clube mineiro, Larcamón caiu após apenas quatro meses, eliminado na primeira fase da Copa do Brasil e vice-campeão estadual. A pressão, agora no México, se repete com intensidade.
O Cruz Azul também desembarca no Catar com um desfalque que altera o equilíbrio defensivo. O zagueiro Jesús “Chiquete” Orozco, titular absoluto e presença constante nas convocações da seleção mexicana, sofreu fratura no tornozelo durante a semifinal contra o Tigres. O lance, aos 41 minutos do segundo tempo, mobilizou jogadores, comissão técnica e equipe médica, exigindo entrada de ambulância em campo.
O atleta, de 23 anos, não viajará ao Catar. Com 16 jogos, um gol, uma assistência e crescente importância na defesa, Orozco era considerado peça-chave e sua ausência é tratada como perda significativa.
Apesar da instabilidade, parte da imprensa mexicana projeta um cenário favorável ao Cruz Azul no duelo contra o Flamengo. A TV Azteca destacou que o clube chega ao confronto com “vantagem abismal” no quesito preparo físico.
Os mexicanos farão sua 54ª partida no ano, enquanto o Flamengo alcançará 76 — um desgaste superior de mais de 20 jogos. O Cruz Azul também teve 19 dias de descanso após o fim da fase regular do campeonato nacional, enquanto o time rubro-negro encarou uma maratona com jogos a cada três dias.
