União Brasil conclui processo de expulsão de Celso Sabino por ele seguir no governo Lula

 

Fonte:


O União Brasil formalizou a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, nesta segunda-feira. Em um comunicado, o partido confirmou o cancelamento da filiação, diante da negativa de deixar o ministério. O União decidiu entregar os cargos no governo e decretou que seus quadros deveriam entregar os postos até 19 de setembro. Sabino permaneceu no comando da pasta e surgiu em agendas ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Desde outubro, Sabino já estava afastado das decisões da legenda e foi destituído do comando do diretório regional do Pará.

Em reação à expulsão, Sabino afirmou , em uma live nas redes sociais, que sua permanência no Ministério do Turismo foi motivada por “responsabilidade administrativa” e pelo compromisso com projetos que considera essenciais para o país. O ministro citou indicadores de órgãos como Receita Federal, Polícia Federal, Fecomércio e entidades do setor de viagens, segundo os quais o turismo nacional teria registrado, nos últimos dois anos e meio, resultados superiores às melhores marcas históricas. Ele também mencionou a proximidade da COP30, em Belém, como fator decisivo para não deixar o cargo.

---Não poderia abandonar meu trabalho às vésperas da realização da COP30 nem interromper programas que estavam em execução--- disse

Sabino disse ainda que recebeu a ordem para deixar o cargo “em 24 horas”, mas que não concordou com a determinação. Ele afirmou sair do União Brasil “de cabeça erguida”, argumentando que não aceitou pressões internas da sigla.

---Saio com a ficha limpa, sem nenhuma mácula. Trabalhei pelo Brasil, pela geração de emprego e pelo turismo. Não me curvei quando quiseram me obrigar a fazer algo com que eu não concordava---, afirmou.

O ministro reforçou que continuará atuando na pasta “servindo ao Brasil e ao Pará”, onde a COP30 exigirá, segundo ele, continuidade administrativa na preparação da infraestrutura e das equipes responsáveis pelo evento.