Trump evoca pena de morte para democratas que incentivaram militares a desobedecer ordens do governo

 

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evocou nesta quinta-feira a possibilidade de pena de morte para seis congressistas democratas que instaram os militares a desobedecer "ordens ilegais" do governo. Em publicação de resposta no X, o Partido Democrata rejeitou as ameaças do presidente americano, que classificou como "perversão absoluta".

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"Isso é realmente ruim e perigoso para o nosso país. Suas palavras não podem ser permitidas. COMPORTAMENTO SEDICIOSO DE TRAIDORES!!! PRENDÊ-LOS???", exclamou Trump em sua rede Truth Social.

Em uma publicação posterior, acrescentou: "COMPORTAMENTO SEDICIOSO, punível com a MORTE!".

Um grupo de senadores e deputados democratas — todos com experiência militar ou em serviços de inteligência — afirmou em um vídeo publicado na terça-feira no X que "esta administração está colocando nossos militares e profissionais de inteligência contra os cidadãos americanos".

— Neste momento, as ameaças à nossa Constituição não vêm apenas do exterior, mas também daqui mesmo, de nosso próprio país — declararam os parlamentares. — Vocês podem (e devem) desobedecer a ordens ilegais.

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O subchefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, já havia criticado duramente o vídeo, afirmando na quarta-feira no X que se tratava de um apelo aberto aos militares "para se rebelarem contra seu comandante-chefe".

Entre os congressistas democratas estão os senadores Mark Kelly, ex-membro da Marinha dos Estados Unidos e astronauta da Nasa, e Elissa Slotkin, que serviu para a CIA no Iraque. O governo Trump tem sido alvo de críticas pelo uso das forças americanas tanto dentro quanto fora do país.

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O presidente republicano ordenou o envio de militares da Guarda Nacional a várias cidades americanas, em muitos casos contra a vontade das autoridades locais, com o argumento de tentar controlar supostos distúrbios generalizados. Estas ordens foram contestadas na Justiça. No exterior, ele lançou uma operação contra supostos traficantes de drogas no Caribe e no Pacífico oriental, que já deixaram mais de 80 mortos desde o início de setembro. Especialistas afirmam que os ataques são ilegais e equivalem a execuções extrajudiciais, mesmo contra traficantes de drogas conhecidos.