Time alemão é condenado a pagar mais de R$ 9 milhões a jogador demitido por post pró-Palestina
O Mainz 05, da Alemanha, perdeu o recurso na Justiça trabalhista e foi condenado a pagar 1,5 milhão euros (cerca de R$ 9,2 milhões) nesta quarta-feira ao ex-jogador Anwar El Ghazi, considerado demitido de forma injusta após publicar mensagens pró-Palestina nas redes sociais durante o conflito entre Israel e o Hamas, em 2023.
Manchester United é processado por suposto caso de abuso sexual e físico cometido por ex-funcionário nos anos 1980
Novo ataque de tubarão na Austrália revive episódio que marcou lenda do surfe há 10 anos; relembre
Segundo o jornal americano The Athletic, o atacante de 30 anos havia sido suspenso pelo clube em outubro daquele ano, depois de publicar a frase “from the river to the sea”, expressão vista na Alemanha como incitação à destruição de Israel.
Após demonstrar arrependimento, El Ghazi foi reintegrado, mas voltou atrás ao afirmar que não se arrependia de suas palavras, o que levou o Mainz a rescindir seu contrato em novembro de 2023.
Em julho de 2024, o Tribunal Trabalhista de Mainz determinou que a demissão foi indevida e ordenou o pagamento dos salários referentes a novembro de 2023 até julho de 2024. O clube quitou o valor, mas entrou com recurso para tentar reverter a decisão — agora definitivamente negado.
— Temos de aceitar a decisão, mas reafirmamos que não há espaço no Mainz 05 para declarações que contrariem nossos valores —disse Stefan Hofmann, presidente do clube.
Após a polêmica, El Ghazi declarou que “defende a paz acima de tudo” e pediu “mais empatia e compreensão sobre a história do conflito”.
