Suspeitos de asfixiar e matar cabeleireiro Betto Silveira em São Paulo são presos na Paraíba

 

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A Polícia Civil da Paraíba prendeu, neste domingo, Aercio Leonardo e Claudeni Barreto, suspeitos de envolvimento na morte do cabeleireiro José Roberto Silveira, o Betto Silveira, de 59 anos. O corpo da vítima foi encontrado no fim do mês passado na sua casa, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, com os punhos e joelhos amarrados, meias na boca e sinais de asfixia.

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Imagens de câmeras de segurança da rua, consideradas fundamentais para a investigação, registraram os dois homens deixando o imóvel pela manhã, pouco antes de o corpo ser descoberto.

Betto foi localizado no quarto por uma prima e por um sócio, que foram ao endereço após várias tentativas de contato sem sucesso. Ele morava com a mãe, de 98 anos, a quem cuidava diariamente. A idosa estava em casa no momento do crime, mas não percebeu a ação; pela manhã, acreditou que o filho havia saído cedo e chamou uma sobrinha para ajudá-la, pois estava sem comida.

A entrada na residência, que estava trancada, só foi possível com a ajuda de vizinhos. No quarto, segundo a Polícia Civil, Betto estava amarrado com fio de telefone nos pés e nas mãos, amordaçado com uma toalha de rosto e apresentava hematomas nos braços, no ombro e no nariz. A cama e os travesseiros tinham manchas de sangue. No banheiro, havia uma faca sobre a pia, sem marcas aparentes de sangue. Não havia sinais de arrombamento.

As câmeras mostram Betto saindo de carro às 1h39 e retornando às 2h13. A polícia acredita que ele tenha entrado acompanhado — possivelmente por duas pessoas — ou que elas já estivessem dentro da casa. Às 5h53, dois homens são registrados deixando o imóvel tranquilamente, abrindo o portão pelo lado de dentro.

O Departamento de Homicídios analisou as imagens e identificou os suspeitos. Um terceiro homem chegou a ser detido na quarta-feira pela PM, mas foi liberado após depoimento, por falta de ligação comprovada com o caso. A reportagem tenta contato com a defesa dos acusados.

A polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido motivado por uma discussão ou conflito dentro da residência, mas ainda não definiu o que ocorreu entre a chegada de Betto e a saída dos dois homens.