Sistema antimíssil e 300 militares: o poder do navio dos EUA que chega ao Caribe em meio à tensão com a Venezuela
Os Estados Unidos e Trinidad e Tobago iniciam neste domingo (27) uma série de exercícios militares conjuntos no Caribe, em um momento de alta tensão entre Washington e Caracas. O anúncio ocorre poucos dias após o presidente americano Donald Trump ameaçar usar a CIA em território venezuelano, e as Forças Armadas da Venezuela realizarem manobras em 73 pontos do litoral, sob o discurso de Nicolás Maduro pedindo que “não haja uma guerra louca”.
Maduro diz que Venezuela tem 5 mil mísseis antiaéreos portáteis russos para combater ameaças dos EUA
EUA anunciam exercícios militares com Trinidad e Tobago em meio à crise com Venezuela
O principal destaque da operação é a chegada do USS Gravely, um contratorpedeiro de guerra da classe Arleigh Burke, ao porto da capital de Trinidad e Tobago, Porto Espanha. O navio permanecerá na região até 30 de outubro, conduzindo treinamentos conjuntos com militares locais.
O poder do USS Gravely
O USS Gravely pertence a uma das classes mais versáteis e temidas da frota americana. Com 9,2 mil toneladas, 155 metros de comprimento e 20 metros de largura, o destróier pode abrigar cerca de 300 oficiais, além de contar com dois hangares para helicópteros MH-60 Seahawk.
O navio é equipado com o sistema de defesa Aegis, um complexo conjunto de sensores, radares, softwares e lançadores automáticos de mísseis que permite detectar e neutralizar ameaças simultaneamente por ar, mar e subsuperfície. O nome “Aegis” vem do escudo mitológico que protegia Zeus.
Entre os armamentos, o USS Gravely conta com mísseis Tomahawk (de ataque a longo alcance), mísseis antiaéreos e antissubmarino, além de sistemas de defesa antimíssil capazes de interceptar projéteis balísticos. O destróier pode atingir velocidades de até 30 nós (56 km/h) e operar em missões de ataque, defesa e escolta naval.
A embarcação também possui um sistema de filtragem de ar que protege a tripulação de ataques químicos, biológicos e radioativos — recurso incorporado após os conflitos do Golfo e mantido em toda a frota da classe Arleigh Burke.
