Silvinei Vasques é entregue à PF após tentar fugir pelo Paraguai
Preso no Paraguai em tentativa de fugir do país, o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, já está no Brasil para começar a cumprir a ordem de prisão preventiva determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele foi entregue à Polícia Federal, em Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraguai com o Brasil, e de lá será transferido para Brasília, sob forte esquema de segurança.
Silvinei Vasques foi preso no Aeroporto Internacional de Assunção, no Paraguai, com um passaporte paraguaio que trazia o nome, a foto e outras informações de uma pessoa nascida no Paraguai. Ele saiu de casa, em Florianópolis, na noite de Natal, alugou um carro e violou a tornozeleira eletrônica que parou de funcionar durante o trajeto por falta de bateria.
Quando foi preso, se preparava para embarcar em um voo com destino a El Salvador, com escala no Panamá. Com ele, policiais encontraram uma carta em espanhol que dizia que ele não podia se comunicar verbalmente nem compreender instruções orais por diagnóstico de câncer no cérebro. A informação foi revelada pela GloboNews.
Para conseguir prendê-lo, a PF acionou a adidância no Paraguai que avisou à polícia local. Os investigadores destacaram que a tornozeleira eletrônica violada não foi encontrada.
Silvinei Vasques tentou fugir para El Salvador com documentos falsos
Divulgação/Polícia Paraguaia
Na decisão de prisão preventiva, o ministro Moraes citou que o conjunto de informações “demonstra a violação do monitoramento eletrônico e indica a efetividade da fuga”, com risco concreto à aplicação da lei penal. O ministro relembra que, ao conceder a liberdade provisória em agosto de 2024, advertiu expressamente que o descumprimento de qualquer uma das condições impostas levaria Silvinei novamente a prisão.
A tentativa de fuga ocorre 10 dias depois que Silvinei Vasques foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 24 anos e 6 meses de prisão pela participação na trama golpista. Ele integrava o chamado "núcleo dois" do plano golpista, acusado de usar a máquina pública para interferir nas eleições de 2022.
