Silvinei Vasques chega em Brasília neste final de semana para cumprir ordem de prisão

 

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Preso por tentar fugir do país pelo Paraguai, o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, deve chegar em Brasília neste sábado para começar a cumprir a ordem de prisão preventiva determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.

A expectativa é que ele seja entregue à Polícia Federal, em Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraguai com o Brasil, e de lá a PF faz a transferência dele para Brasília.

Silvinei está sendo levado de carro pela polícia paraguaia, de Assunção, até a Ponte da Amizade, que liga a Cidade do Leste à Foz do Iguaçu. O trajeto ocorre sob forte esquema de segurança e o percurso dura, em média, cinco horas. Ao ser entegue à Polícia Federal, os investigadores vão transferi-lo a Brasília

Silvinei Vasques foi preso no Aeroporto Internacional de Assunção, no Paraguai, com um passaporte paraguaio que trazia o nome, a foto e outras informações de uma pessoa paraguaia. Ele saiu de casa, em Florianópolis, na noite de Natal, alugou um carro e violou a tornozeleira eletrônica que parou de funcionar durante o trajeto por falta de bateria.

Quando foi preso, ele se preparava para embarcar em um voo com destino final a El Salvador, com escala no Panamá. Ele vestia calça moletom preta, camiseta cinza e um boné preto.

Para conseguir prendê-lo, a PF acionou a adidância no Paraguai que avisou à polícia local. Os investigadores destacaram nos autos que a tornozeleira eletrônica violada não foi encontrada. Na decisão de prisão preventiva, o ministro Moraes citou que o conjunto de informações “demonstra a violação da medida cautelar de monitoramento eletrônico e indica a efetivação da fuga”, caracterizando risco concreto à aplicação da lei penal.

O ministro relembra que, ao conceder a liberdade provisória em agosto de 2024, advertiu expressamente que o descumprimento de qualquer das condições impostas resultaria na decretação da prisão.

Silvinei Vasques preso no Paraguai.

Reprodução/Polícia Paraguaia

A tentativa de fuga ocorre 10 dias depois que Silvinei Vasques foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 24 anos e seis meses de prisão pela participação na trama golpista. Ele integrava o chamado "núcleo dois" do plano golpista, acusado de usar a máquina pública para interferir nas eleições de 2022.