Sessão da CPI do Crime Organizado inicia com ausência de Lincoln Gakiya

 

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Senadores discutem mudanças no texto, especialmente no que diz respeito à atuação e ao financiamento da Polícia Federal. A sessão da CPI do Crime Organizado começou nesta quarta-feira com uma ausência importante. O promotor de Justiça de São Paulo Lincoln Gakiya que prestaria depoimento, não compareceu e deve ser ouvido na próxima semana. No encontro de hoje, participa o diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, Antônio Glauter de Azevedo Moraes.

O debate na comissão tem se concentrado no projeto de lei das organizações criminosas, aprovado ontem na Câmara dos Deputados. Senadores discutem mudanças no texto, especialmente no que diz respeito à atuação e ao financiamento da Polícia Federal. O senador Rogério Carvalho (PT) criticou o conteúdo aprovado pelos deputados e afirmou que deve cobrar ajustes do relator no Senado, Alessandro Vieira. A estratégia é negociar alterações sem modificar o mérito, para evitar que o projeto tenha de retornar à Câmara.

Apesar da intenção de mudanças pontuais, há pontos do texto que enfrentam resistência. Um deles prevê a criminalização de pessoas que ofereçam abrigo a integrantes de facções criminosas — trecho que, segundo críticos, pode atingir moradores de comunidades, especialmente no Rio de Janeiro.

A expectativa é que o projeto seja pautado na Comissão de Constituição e Justiça até o início de dezembro e votado no Senado ainda este ano.

Na própria CPI, o presidente da comissão, senador Fabiano Contarato, informou que pretende aprovar nesta semana requerimentos para convocar governadores a depor já na primeira semana de dezembro, em uma tentativa de acelerar os trabalhos ainda em 2023.