Sem Pedro, saiba quais as opções de formação para o Flamengo em decisão contra o Racing
O Flamengo decidirá uma vaga na final da Libertadores nesta quarta-feira, contra o Racing, com alguns buracos no ataque. O principal desfalque é Pedro, com fratura no antebraço direito, sofrida no jogo de ida da semifinal, na semana passada. Outra baixa é a de Everton Cebolinha, com lesão muscular no quadril. Cabe a Filipe Luís montar a melhor formação ofensiva para sair de Avellaneda classificado, e o treinador já teve vários testes para esboçar uma conclusão.
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Pedro esteve fora de combate nos primeiros meses do ano, por conta de uma grave lesão no joelho, e passou por altos e baixos até retomar a forma física e a titularidade. Neste período, Filipe Luís testou algumas improvisações, e viu o restante dos jogadores do elenco darem respostas diversas.
Atualmente, o jogador ofensivo mais efetivo do Flamengo é um meia: Arrascaeta. Pisando mais na área do que nunca, ele é o artilheiro da temporada, com 20 gols e 15 assistências em 53 jogos. Mesmo que o camisa 10 não deixe de ser alinhado na posição de origem, seus melhores momentos são quando se aproxima do gol e trabalha até como "falso nove".
Principais jogadores ofensivos do Flamengo na temporada
Essa dinâmica tem sido o padrão de uma formação sem Pedro, na qual o treinador tem costumado escalar na frente jogadores com funções prioritariamente táticas. Os principais são Bruno Henrique (nove gols em 49 jogos) e Gonzalo Plata (cinco gols em 43 jogos). Porém, eles vem recebendo críticas justas por terem muita dificuldade de serem letais neste ano. Houve até um desencontro de discurso em relação ao camisa 27 nos últimos dias, após dizer que não desejava jogar como nove:
— Eu acho que ficou um pouco de "Ah, o Bruno não quer jogar". Não é isso — disse o jogador no intervalo da derrota para o Fortaleza, no último sábado. — Nós temos o melhor 9 do Brasil, de seleção brasileira. Então, quando o Pedro não puder jogar, eu vou estar pronto para jogar de 9. Agora, se o Pedro estiver dentro de campo, ou no banco, ou apto para poder jogar... é isso que eu quis dizer. Estou aqui para servir o Flamengo.
Fator Carrascal
Em meio à "crise de pontas" no elenco, o mais decisivo é Luiz Araújo (12 gols em 55 jogos). Nas últimas semanas, ele recuperou a condição de titular pela direita, enquanto o recém-chegado Samuel Lino vem jogando preferencialmente na esquerda. Só que o desempenho do companheiro anda abaixo das expectativas (dois gols em 20 jogos) e reabre a concorrência naquele lado.
Carrascal comemora gol da vitória do Flamengo contra o Racing
Guito Moreto / Agência O Globo
Se Arrascaeta e Luiz Araújo largam quase como certeza contra o Racing, a incógnita se relaciona com Jorge Carrascal, meia-atacante que também parece estar garantido vaga no time titular. Inclusive, o polivalente colombiano marcou o gol da vitória por 1 a 0 no Maracanã.
As últimas definições no ataque vão depender do que Filipe Luís pedir para o camisa 15. Ele pode cair pela esquerda e voltar a barrar Samuel Lino, como no jogo de ida, abrindo vaga para Bruno Henrique ou Plata na frente. Também pode aparecer como meia e empurrar Arrascaeta para falso nove, acirrando a concorrência nas pontas. Ou até fazer parceria com o uruguaio na criação, inspirando uma dupla de ataque à frente.
— Ele encaixou muito no plano de jogo que eu pensava, sobre onde poderíamos machucar a defesa do Racing. Passava muito pela posição que o Carrascal estava ocupando no campo no 1º tempo, e pensando numa eventual troca no segundo tempo, com o Lino pegando o lateral mais cansado. Sabemos da qualidade do Carrascal, joga nas quatro posições do ataque e vive grande momento — elogiou Filipe Luís após o jogo da semana passada.
A discussão poderia ser mais simplificada se Juninho (três gols em 28 jogos) tivesse se encaixado na equipe, mas o centroavante contratado no início da temporada recebe raras oportunidades do treinador. Wallace Yan (sete gols em 28 jogos) e Michael (dois gols em 26 jogos) são outros que correm por fora neste momento.
