Rússia reforça apoio 'total' à Venezuela ante bloqueio dos EUA, diz chanceler do governo de Nicolás Maduro

 

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O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, declarou nesta segunda-feira que a Rússia "reafirmou seu total apoio" ao governo de Caracas diante do bloqueio imposto pelos Estados Unidos aos navios petroleiros sancionados pelo governo do presidente Donald Trump. Em meio à escalada militar no Caribe, os EUA apreenderam dois navios-tanque carregados com petróleo venezuelano, que qualificou os confiscos das embarcações como atos de pirataria e um "roubo descarado".

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A autoridade afirmou que seu homólogo russo, Serguei Lavrov, "expressou firmemente a solidariedade da Rússia ao povo da Venezuela e ao presidente Nicolás Maduro, e reafirmou seu total apoio diante das hostilidades contra o nosso país", segundo uma mensagem no Telegram.

"O chanceler russo afirmou que a Rússia dará toda a sua cooperação e apoio à Venezuela contra o bloqueio, manifestando total apoio às ações empreendidas no âmbito do Conselho de Segurança da ONU", acrescentou o ministro venezuelano.

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"Os ministros expressaram sua profunda preocupação com a escalada das ações de Washington no mar do Caribe, que poderiam ter graves consequências para a região e ameaçar a navegação internacional", informou em nota do Ministério das Relações Exteriores russo, na qual "reafirmou seu apoio total e sua solidariedade aos dirigentes e ao povo venezuelano".

Moscou e Caracas acordaram continuar com sua estreita colaboração e coordenar suas ações no cenário internacional, em particular na ONU, para "garantir o respeito à soberania dos Estados e a não interferência em seus assuntos internos", apontou o governo russo.

Rússia e Venezuela têm 26 anos de cooperação que abrange a área de equipamento militar.

O apoio russo ao governo Maduro não é preocupante para os Estados Unidos porque Moscou está com "as mãos ocupadas" com a guerra na Ucrânia, assegurou na semana passada o secretário de Estado americano, Marco Rubio, durante coletiva de imprensa no Departamento de Estado.

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Trump afirmou que o bloqueio será mantido até que a Venezuela devolva o petróleo roubado dos Estados Unidos, em sua avaliação. Maduro, por sua vez, disse que a apreensão de navios-tanque "é uma pretensão belicosa e colonialista".

Desde agosto, os Estados Unidos realizam manobras inéditas que envolvem o maior porta-aviões do mundo com o argumento de combater o tráfico de drogas. Maduro afirma que o objetivo real é promover uma "mudança de regime" para se apropriar do petróleo venezuelano.