Revista Time coloca presidente da COP30 em lista dos 100 líderes climáticos mais influentes do mundo

 

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O presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, foi listado nesta quinta-feira como uma das cem lideranças climáticas mais influentes do mundo pela revista Time. A publicação também afirma que, "desde seus primeiros dias no cargo, ele tem enfatizado esforços para mostrar ao invés de simplesmente mostrar que soluções climáticas podem funcionar". Liderada por ele, a cúpula terá início no próximo dia 10 e será sediada em Belém (PA), mesmo após o enfrentamento de dificuldades de infraestrutura durante a preparação e temores sobre os resultados das negociações.

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O texto da revista afirma que Corrêa do Lago tem coordenado um "mutirão global com encontros para que as partes interessadas discutam esforços concretos para superar a paralisia geopolítica". O artigo também destaca o lançamento, anunciado por ele, de uma plataforma virtual brasileira de engajamento climático, que concentra estudos de casos e análises sobre compromissos firmados em outras conferências da ONU.

"Corrêa do Lago vê um caminho a seguir: se a COP30 conseguir mobilizar coalizões que impulsionem os setores de aço, energia, florestas e comércio na direção certa, o multilateralismo terá cumprido seu papel", diz a publicação.

O embaixador, que também atua como secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, foi anunciado pelo governo como o responsável por presidir a cúpula em janeiro deste ano. Antes, foi negociador-chefe do Brasil para mudança do Clima (2011-2013) e representou o Brasil, enquanto embaixador, no Japão (2013-2018), na Índia (2018-2023) e no Butão (2019-2023).

Por trás da coordenação dos preparativos para conferência, ele enfrentou complicações provocadas pela crise de hospedagens em Belém, que preocupou a comunidade internacional e afastou parte das lideranças interessadas em participar do evento. Como mostrou o GLOBO, a um mês da cúpula, 87 países haviam garantido os quartos e 90 estavam em negociações.

Para além disso, há o temor de que um cenário internacional desfavorável, marcado por ausências de lideranças como o presidente americano Donald Trump, aliado a dilemas não resolvidos anteriormente e um plano de metas abrangente impactem diretamente nos resultados da cúpula. A agenda de ação da conferência final será dividida em seis eixos temáticos, que cobrem esforços para mitigação, adaptação, financiamento, tecnologia e capacitação.

Há ainda a definição de 30 objetivos-chave para a preservação do meio ambiente. Especialistas também apontam que a COP30 conta com “peculiaridades” na comparação com as anteriores que atrapalham a definição de uma pauta central com o principal objetivo do encontro.