
Quer papel higiênico? Assista a um anúncio: banheiro na China viraliza ao liberar papel só após propaganda; vídeo

Você já parou para pensar o quão longe vai à tecnologia quando ela invade até o papel higiênico? Um vídeo viral que circula nas redes mostra banheiros públicos na China introduzindo dispensadores que só liberam papel higiênico se o usuário assistir a um anúncio — ou pagar uma pequena quantia. A partir daí, a discussão virou: dá para considerar isso “inovação” ou algo distópico?
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Nas imagens, compartilhadas pelo perfil China Insider no Instagram, é possível ver um dispensador instalado na parede com código QR. Usuários escaneiam o código com o celular, assistem a uma curta propaganda, e só então recebem alguns quadrados de papel, normalmente cerca de seis, segundo o Daily Mail. Se quiserem mais, outra propaganda deve ser vista. Alternativamente, paga-se cerca de 0,5 RMB (algo em torno de 5 a 6 centavos de real) para obter papel sem anúncios.
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A reação da internet foi, no mínimo, visceral. Usuários no Reddit e outras plataformas classificaram o sistema como “doentio”, “visão do inferno” e “distópico”. Alguns disseram que levariam o próprio papel para o banheiro para evitar essa burocracia, outros comentaram que ficariam sem papel dependendo do cubículo, já que o dispenser está geralmente fora do box.
De acordo com o Daily Mail, as autoridades, por sua vez, apontam que a ideia é controlar o desperdício. Segundo relatos, havia casos de pessoas retirando quantidades excessivas de papel em banheiros públicos ou até mesmo escondendo rolos para levar para casa. Ainda assim, há preocupações legítimas: e se a pessoa estiver com o celular sem bateria? Ou sem internet? Ou simplesmente não quiser assistir anúncio? Questões de higiene também são levantadas, já que usar o telefone e depois manusear objetos no banheiro pode aumentar o risco de contaminação cruzada.
Essa medida entra em um contexto mais amplo na China: muitos banheiros públicos simplesmente não dispensam papel higiênico automaticamente. Usuários costumam levar o próprio material. E versões anteriores de medidas semelhantes já existiram, como em 2017, quando um parque em Pequim instalou dispensadores com reconhecimento facial que limitavam a quantidade de papel e impediam novas retiradas por um tempo determinado.
No fim das contas, o vídeo serve como alerta sobre os limites entre inovação e incômodo, entre promover responsabilidade ambiental e acabar colocando em risco conforto, dignidade ou mesmo higiene pública. Se algo assim chegasse aqui no Brasil, qual seria nossa reação?