Quatro homens são acusados por integrar rede que compartilhava material de abuso infantil com temática “satânica” na Austrália

 

Fonte:


A polícia australiana informou, em junho, que quatro homens foram formalmente acusados por envolvimento em uma rede que distribuía material de abuso sexual infantil com referências “satânicas”.

As detenções ocorreram após uma investigação sobre uma “rede internacional dedicada à circulação de conteúdo satânico de abuso infantil”, segundo comunicado da polícia do estado de Nova Gales do Sul.

Xenofobia linguística: Escalada de violência contra alunos brasileiros em Portugal expõe preconceito com sotaque

— Durante as apurações, os detetives identificaram um grupo de pedofilia sediado em Sydney, envolvido na posse, no compartilhamento e na facilitação desse tipo de material por meio de um site operado no exterior — afirmou a corporação.

Os quatro suspeitos foram presos na quinta-feira (27), em Sydney, incluindo um homem de 26 anos apontado como líder da organização. Ele responde a 14 acusações, entre elas o uso de serviços de comunicação para distribuir material de abuso infantil.

Os outros três detidos, de 39, 42 e 46 anos, foram encontrados em um edifício residencial e também enfrentam diversas acusações relacionadas à posse e à disseminação desse tipo de conteúdo.

A detetive Jayne Doherty, da unidade de crimes sexuais, afirmou em coletiva que a natureza dos materiais e das conversas analisadas gera preocupação sobre a possibilidade de contato dos acusados com crianças.

Leia mais: Estado Islâmico expande operações na África e investe em sistema em rede para manter relevância após queda do califado na Síria

Durante a operação, diversos dispositivos eletrônicos foram apreendidos, contendo “extensos e deploráveis” vídeos de abusos cometidos contra crianças de 5 a 12 anos, além de registros envolvendo zoofilia.

— A circulação de material de abuso infantil, infelizmente, está aumentando — destacou Doherty. Ela acrescentou que os esforços policiais seguem no sentido de identificar as vítimas e resgatá-las o quanto antes.

As autoridades informaram ainda que não foi possível determinar onde os vídeos foram produzidos nem identificar todas as crianças filmadas.

Os quatro suspeitos foram liberados sob fiança e devem voltar a comparecer à Justiça nas próximas etapas do processo.