Quaest: COP30 tem 35% de menções negativas nas redes, contra 20% de postagens positivas

 

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Pouco mais de um terço (35%) das postagens brasileiras relacionadas à COP30 foram críticas ao evento — percentual que supera o total de menções positivas à conferência. Houve um duelo de narrativas em torno do evento. Se, por um lado, um grupo o defendia pela oportunidade de vitrine amazônica para o mundo e orgulho nacional. Por outro, houve críticas à infraestrutura de Belém e fragilidades internas de logística. É o que mostra estudo da consultoria Quaest, divulgado exclusivamente pelo GLOBO.

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Durante o período, os posts neutros ou informacionais somaram 45%. Um dos temas como protagonismo na discussão foi o ativismo indígena. A base governista usou a COP30 "como símbolo de protagonismo ambiental e oportunidade de legado climático". Já a oposição, "acionou narrativas de “fracasso”, explorando a carta da ONU, os protestos, o comentário do chanceler alemão e o incêndio como evidências de desorganização", diz o relatório.

Segundo a Quaest, lideranças originárias "tornaram-se atores centrais do debate, cobrando coerência climática, demarcação de terras e limites à exploração de fósseis, com manifestações foram destaque tanto no Brasil quanto no cenário internacional".

Já o debate internacional foi majoritariamente neutro e menos crítico que no Brasil, mas com críticas aos combustíveis fósseis e lobby: O exterior destacou como pontos positivos lideranças climáticas, acordos diplomáticos e ativismo indígena. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, emergiu como figura de destaque.

Os pesquisadores realizaram a pesquisa nas redes sociais entre os dias 10 e 21 de novembro. As fontes de dados foram Blogs, Bluesky, Facebook, Fóruns, Instagram, LinkedIn, Portais de notícia, QQ, Reddit, Sites de review, Threads, TikTok, Tumblr, X e YouTube.