PT terá candidato ao governo de SP em 2026 e não descarta lançar Alckmin ou Haddad

 

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O PT terá candidato ao governo de São Paulo em 2026 e a decisão sairá até março do ano que vem. É o que prevê Edinho Silva, presidente nacional da legenda. O PT terá candidato ao governo de São Paulo em 2026 e a decisão sairá até março do ano que vem. É o que prevê Edinho Silva, presidente nacional da legenda. Segundo ele, o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o vice-presidente Geraldo Alckmin serão candidatos “ao que quiserem”. E, em sua avaliação, para enfrentar o atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em conversa com a CBN durante um seminário do partido sobre segurança pública no Rio, nessa segunda-feira (1), o dirigente afirmou que ainda não vê o atual governador paulista como oponente de Lula na disputa à Presidência da República.

“Não tenho nenhuma dúvida que ele vai pensar três vezes antes de ser candidato, porque ele tem que renunciar ao governo de São Paulo. E a disputa nacional será uma disputa muito difícil para ele ou para qualquer liderança desse campo da extrema-direita. Não sei se ele renunciaria a São Paulo para fazer um enfrentamento dessa magnitude com o presidente Lula”, afirmou.

Sobre Haddad, Edinho Silva afirmou que se trata de “um dos maiores quadros da República brasileira” e que ele tem “estatura e musculatura” para voltar a concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Ele concorreu em 2022 e perdeu para Tarcísio. Sobre Alckmin, o presidente do PT afirmou que o presidente Lula tem “muita gratidão” pelo vice. “Ele é leal, correto, vai ser candidato àquilo que ele quiser. Então nós temos que conversar muito e perguntar para ele qual a missão que ele quer cumprir em 2026”.

PT demorou a apresentar soluções para segurança pública

Presidente Lula

FATIMA MEIRA/Agencia Enquadrar/Agencia O Globo

Coordenador da campanha que levou Lula de volta ao Planalto em 2022, Edinho Silva acredita que a segurança pública e o combate à criminalidade serão termas mais fortes para as próximas eleições do que foram no último pleito. Ele admite que o PT “demorou” a apresentar soluções para os problemas na área.

“Nós nunca nos debruçamos como hoje para enfrentar o tema da segurança. Nem a Fundação Perseu Abramo, nem o PT, nem os partidos do campo progressista. É um problema que tem que ser enfrentado, é o que a população exige”.

O argumento de Edinho é que a segurança emerge como principal problema na opinião pública porque temas como desemprego, saúde e educação são questões ainda de atenção, mas menos graves que em 2022.

“Então, quando você equaciona problemas, aqueles que não estão equacionados emergem com muita força. Então, o Brasil equacionou que se você fizesse uma pesquisa de opinião pública em 22, o desemprego apareceria como um dos principais problemas do país”.

Durante seminário realizado no Rio nesta segunda (01), Edinho viu o presidente do PT no estado, Diego Zeidan, defender a megaooperação que terminou com 122 pessoas mortas em outubro. A fala foi criticada por diversos outros petistas, como o ex-ministro José Dirceu. O presidente Lula chamou a ação policial de “matança”.

“Precisamos caminhar no PT para uma posição que seja majoritária (sobre a megaoperação). Não podemos ter uma operação e depois nada mais é feito. Isso é populismo, não derrota o crime”, opinou.