Presidente da CPMI do INSS quer prorrogar trabalhos após nova operação da PF
O presidente da CPMI do INSS quer prorrogar os trabalhos da comissão por mais dois meses, diante da nova operação da Polícia Federal. A CPI tem até março para apresentar o relatório final e poderia funcionar até maio, no caso de extensão das investigações.
A declaração do senador Carlos Viana, do Podemos, foi feita após a nova fase da Operação sem Desconto, que prendeu 14 pessoas.
Um dos detidos foi o número dois do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal, que vai usar tornozeleira eletrônica e ficar em regime domiciliar por ser pessoa com deficiência. Segundo as investigações, entre outubro de 2023 e janeiro de 2024, ele recebeu R$ 250 mil do esquema de descontos ilegais dos aposentados e pensionistas do INSS.
A Polícia Federal também fez buscas em endereços do Weverton Rocha, do PDT, vice-líder do governo no Senado e apontado como “sócio oculto” das fraudes. Segundo as investigações, o senador seria responsável por ampliar a capacidade de influência e blindar o grupo chefiado por Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o Careca do INSS.
Um dos principais personagens ligados ao entorno do senador é o empresário Gustavo Marques Gaspar, que foi assessor de Weverton entre 2019 e 2023 e é considerado braço direito do parlamentar nos bastidores.
Nas planilhas do Careca do INSS, ele é identificado como “Gasparzinho” e teria recebido 100 mil reais de propina.
