Prefeitura de São Paulo rescinde contrato com a Transwolff e SPTrans assume linhas
A Prefeitura de São Paulo determinou a rescisão definitiva dos contratos com a concessionária de ônibus Transwolff. A SPTrans, que já estava fazendo uma intervenção na empresa desde o ano passado, assume a gestão das 133 linhas operadas pela concessionária, que atua na Zona Sul da capital.
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A Transwolff é investigada por ter supostas ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), e foi alvo da Operação Fim da Linha, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em abril de 2024. De acordo com as investigações, a Transwolff e a UpBus, outra concessionária que opera coletivos na Zona Leste, eram usadas para lavar dinheiro vindo da organização criminosa.
O empresário Luiz Carlos Efigênio Pacheco, dono da Transwolff, chegou a ser preso, mas posteriormente foi solto pela Justiça. Ele é réu em ação penal que apura crimes de organização criminosa, extorsão, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. Em 2006, enfrentou processo na Justiça, acusado de ter ajudado no resgate de um preso ligado ao PCC.
Segundo a gestão municipal, os empregos dos funcionários serão mantidos e não haverá qualquer prejuÃzo para a população que usa os coletivos.
Neste ano, a prefeitura começou a estudar a possibilidade de transferir os contratos da Transwolff para outras empresas que operam em outras áreas da cidade, mas esse plano não foi para frente porque, segundo as apurações da prefeitura, havia uma estrutura organizacional complexa em que a concessionária "subcontratava" cooperativas para operar suas linhas, de maneira irregular, pois muitos dos veÃculos que ela tinha sequer eram realmente de propriedade da empresa. Agora a SPTrans seguirá operando diretamente o serviço, até que haja uma nova licitação.
