Por que os vaga-lumes estão em perigo de extinção? Veja o que dizem os cientistas

 

Fonte:


Os vaga-lumes, estrelas de um dos espetáculos mais mágicos e reconhecíveis da natureza, estão desaparecendo. Cientistas e organizações ambientais alertam que suas populações estão diminuindo em ritmo alarmante, pressionadas pela perda de habitat, pela poluição luminosa e pela expansão das atividades humanas que interrompem seus ciclos de vida.

Maioridade antecipada? Três espécies de sapos da Tanzânia nascem sem passar pela fase de girino; entenda

De acordo com informações divulgadas pela organização ambiental Greenpeace, existem três ameaças principais identificadas pela ciência como determinantes para o declínio dos vaga-lumes em todo o mundo:

Perda de habitat: o desmatamento e a expansão urbana ou turística mal planejada destroem florestas, pântanos e áreas rurais onde esses insetos vivem e se reproduzem.

Poluição luminosa: as luzes artificiais à noite interferem no sistema de comunicação dos vaga-lumes, baseado em flashes luminosos, prejudicando sua capacidade de reprodução.

Uso de pesticidas: esses produtos químicos eliminam de forma indiscriminada diversos insetos, incluindo os vaga-lumes, além de afetar o equilíbrio de todo o ecossistema.

O impacto das mudanças climáticas

Além das ameaças diretas, as mudanças climáticas agravam ainda mais a situação. Secas prolongadas, temperaturas extremas e alterações nos níveis de água comprometem os habitats úmidos necessários para o desenvolvimento das larvas.

A falta de umidade pode ressecar seus abrigos, desidratar as larvas e reduzir seu tempo de vida. Dessa forma, a combinação entre degradação do habitat, poluição luminosa, pesticidas e alterações climáticas coloca em risco todo o ciclo biológico desses insetos únicos.

Situação no México

Uma investigação da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) revelou que o país é o segundo do mundo com maior diversidade de vaga-lumes, abrigando cerca de 301 espécies identificadas. Elas se concentram principalmente em três grandes regiões: a área central, o noroeste e o Golfo-Caribe.

Considerando sua quantidade e o papel ecológico que desempenham — como controle de pragas e bioindicadores da saúde ambiental — é urgente proteger seus habitats específicos.

Atualmente, embora não exista uma contagem precisa dos vaga-lumes restantes no mundo, as evidências científicas indicam que o declínio das populações continua a se intensificar. Por isso, especialistas reforçam a necessidade imediata de medidas para proteger a espécie.

Os seres humanos estão levando os vaga-lumes à extinção — e eles precisam de nós. Para impedir isso, é essencial combater o desmatamento, reduzir o uso de pesticidas e limitar a iluminação noturna.