Policiais são presos no Amazonas por transporte ilegal de barras de ouro avaliadas em R$ 45 milhões
Também foram apreendidos celulares, coletes balísticos, armas, munições e mais de R$ 2 mil em espécie. Seis pessoas foram presas no Amazonas, entre elas dois policiais militares e um policial civil, suspeitos de envolvimento no transporte ilegal de 77 barras de ouro avaliadas em cerca de R$ 45 milhões.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, é a maior apreensão de ouro da história do estado.
A ação foi realizada pela Polícia Militar. Segundo o comandante da PM, tenente-coronel Renan Carvalho, um casal guardava em casa o ouro ilegal vindo da Venezuela.
O marido negociava o ouro com dois homens, quando três policiais chegaram ao local. Não se sabe como eles receberam a informação sobre o ouro na casa.
Os agentes renderam os homens e a mulher, os amarraram e planejavam roubar o ouro. Mas a polícia foi acionada por uma denúncia anônima, que informava que uma família estava sendo feita refém.
"Na residência, a gente encontrou a família no chão, na garagem. Fomos recebidos por um policial civil e os dois policiais militares estavam dentro da residência. De imediato, a gente entendeu que tinha algo errado ali e encontramos algumas barras de ouro na sala. Feita a revista na casa, vimos que o tanque do carro seria usado para transportar o ouro em Manaus", disse o tenente-coronel Renan Carvalho.
Foi constatado que os três agentes estavam extorquindo as vítimas. Os três policiais e os outros três homens que participavam da negociação foram presos em flagrante.
A mulher de um dos suspeitos, dona da residência, também foi levada para a delegacia como testemunha.
Além do ouro, foram apreendidos dois veículos que seriam usados no transporte do material – um carro blindado para proteger a carga e outro com fundo falso, adaptado para circular com o ouro pela capital amazonense.
Também foram apreendidos celulares, coletes balísticos, armas, munições e mais de R$ 2 mil em espécie.
Todo o material foi encaminhado à sede da Superintendência da Polícia Federal em Manaus. Os policiais envolvidos passarão por um processo disciplinar e, segundo o comandante, a instituição não compactua com esse tipo de conduta.
