Polícia do DF indicia servidor da CGU que agrediu ex-namorada e filho dela

 

Fonte:


A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou o Davi Kozak Júnior, de 49 anos, servidor da Controladoria-Geral da União que agrediu a ex-namorada e o filho dela de quatro anos em Águas Claras, região administrativa do Distrito Federal.

Esse caso aconteceu no dia 7 de dezembro, no prédio da vítima. As imagens das agressões, no entanto, só foram divulgadas nesta semana. Segundo a polícia civil, Davi Kozak Júnior foi indiciado no dia seguinte às agressões, portanto, no dia 8 de dezembro. Ele vai responder por lesão corporal contra a mulher e por maus tratos contra a criança de quatro anos.

A Justiça do DF concedeu ainda uma medida protetiva contra o homem. Ele não pode se aproximar da criança e dos familiares, está proibido de fazer contato com eles, incluindo por e-mail ou redes sociais, e também não pode frequentar o condomínio da ex-namorada.

Na decisão, a juíza cita um cenário de conflito entre a ex-namorada e o agressor e diz que a medida protetiva é uma urgência diante do risco de nova exposição da mulher a episódios de violência pelo ex-namorado.

Chama atenção que, na decisão da justiça, a juíza desse caso menciona um trecho do depoimento da mulher que diz que durante uma viagem ao Nordeste, no meio do ano, esse servidor da CGU bateu na criança utilizando um chinelo. Na ocasião, as nádegas do menino ficaram marcadas e, após o ocorrido, a mãe terminou esse relacionamento com o servidor público.

A delegada Elisabeth Frade, responsável pelas investigações, vê nesse caso um agravante em razão do ataque também contra o menor de idade.

O presidente Lula determinou ao ministro da Controladoria Geral da União, Vinícius de Carvalho, a imediata abertura de um processo interno para responsabilizar e expulsar esse servidor da CGU. Lula classificou a atitude como uma agressão covarde, disse ser inadmissível e frisou que é necessária uma resposta firme do poder público, considerando se tratar de um servidor público federal.

Em nota, o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, diz que os fatos são gravíssimos e inaceitáveis e que o servidor será investigado.

Esse homem tinha, inclusive, um cargo de chefe substituto, foi afastado da função, a publicação saiu no Diário Oficial da União e ele está proibido de entrar na CGU durante a apuração desses fatos, justamente para evitar qualquer tipo de intimidação ou constrangimento a quem vai tocar essa apuração interna na CGU e, criminalmente, ele foi indiciado pela Polícia Civil aqui do Distrito Federal.