Organização da COP30 estima que 57 chefes de Estado e de governo participem da Cúpula de Líderes em Belém
No entanto, o Palácio do Planalto não conta com a presença do presidente Donald Trump, nem do argentino Javier Milei. A organização da COP30 estima que 57 chefes de Estado e de governo participem, na próxima semana, da Cúpula de líderes, organizada pela primeira vez neste formato, em Belém. A reunião ocorre nos dias 6 e 7 de novembro.
No entanto, o Palácio do Planalto não espera a participação do presidente Donald Trump, nem do argentino Javier Milei, alinhados ao discurso negacionista em relação às mudanças climáticas. Segundo o presidente da COP30, embaixador André do Lago, ainda há expectativa de presença de representantes dos Estados Unidos e Argentina.
"Eu acho que vai ter presença, tanto da Argentina quanto dos Estados Unidos, mas a gente não sabe o nível. O chefe de Estado não tem nenhuma notícia de que teria, mas o presidente convidou, como vocês sabem."
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que a Cúpula do Clima de Belém é uma oportunidade para que os chefes de estado apresentem metas claras de redução do uso de combustíveis fósseis. Segundo Marina, a ideia é alcançar o fim do uso desses insumos.
"Podermos suprir o planeta cada vez mais com energia renovável e podermos fazer um descomissionamento justo e planejado, gradativo, para longe, como é a linguagem da COP28, para longe do combustível fóssil. Eu digo que é para o fim mesmo do uso de combustível fóssil e para o fim do desmatamento, mas isso necessita de investimento, de planejamento, porque as coisas não acontecem por pensamento mágico."
Uma das principais expectativas do governo brasileiro para as discussões entre os líderes está no avanço da negociação para o fundo de proteção de florestas (TFFF). O mecanismo multilateral foi criado para financiar a preservação de florestas tropicais ameaçadas em todo o mundo. Na Cúpula do Clima da ONU, no final de setembro, o presidente Lula anunciou aporte de US$ 1 bilhão do Brasil.
A ministra também criticou dois trechos aprovados na quinta-feira na medida provisória do setor elétrico. Um deles prevê a contratação de usinas movidas a carvão e o segundo abre a possibilidade de licenciamento automático para usinas hidrelétricas. Marina disse que a Pasta foi surpreendida com os dispositivos aprovados em votação simbólica na Câmara e Senado.
