Orca ‘mais solitária do mundo’ morre aos 36 anos na Argentina
Kshamenk, uma orca macho que ficou conhecida como a ‘orca mais solitária do mundo’, morreu neste domingo, 14, no parque aquático Mundo Marino, na Argentina. Ela era a última orca em cativeiro da América do Sul. Embora investigações tenham sido abertas pela administração do parque, a fundação afirma que ela morreu de enfarte cardiorrespiratório, aos 36 anos: "Tudo indica ser por conta de sua idade", disse um porta-voz.
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Em post no Instagram, a instituição se despediu de Kshamenk contando a história de seu resgate em 1992, 33 anos atrás. Ela foi salva na baía de Samborombón após autoridades receberem um aviso de que quatro animais estariam encalhados no estuário. Ao chegarem no local, eles encontraram Kshamenk sozinha, com idade estimada em três anos.
Kshamenk viveu alguns anos com uma orca fêmea chamada Belen, resgatada em outra ocasião. No entanto, Belen morreu em 2000 quando estava grávida. Desde então, Kshamenk viveu sozinho em seu habitat.
“É difícil descrever a dor que sentimos. Ele fazia parte da nossa família”, disse a fundação na publicação: “Ele nos ensinou muito sobre o amor e como podemos nos entender sem compartilhar a mesma linguagem. Sentiremos sua falta com a alma, porque deixou uma marca indelével em nossas vidas e na de todos que o conheceram”.
Confira abaixo o vídeo publicado pela fundação:
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Polêmica sobre situação do habitat
Em junho deste ano, Kshamenk ficou conhecida após um vídeo divulgado pela ONG Tide Breakers em que ela é vista presa numa piscina de 12 metros de largura por 4 de profundidade.
Chamado de Kshamenk, animal fica em uma piscina de apenas 12 metros de largura e 4 de profundidade
Reprodução/Instagram
A gravação viralizou, dando origem a "Ley Kshamenk" no congresso argentino que proibiria a realização de espetáculos animais no país. Apesar da polêmica, Kshamenk continuou a participar regularmente de shows para o público, realizando saltos, acenos e movimentos sincronizados sob o comando de treinadores.
