'O Flamengo é a minha maior conexão com meu pai': Emoção toma conta do Maracanã na comemoração do tetra da Libertadores
Pelos mais variados motivos, houve diversos flamenguistas que não puderam ir a Lima para assistir, diretamente do Monumental, ao tetracampeonato da Libertadores conquistado pelo Flamengo. Mesmo assim, é possível afirmar que os torcedores que lotaram o tradicional setor Norte e compareceram em bom número nos outros para torcer e transmitir boas energias ao time na vitória por 1 a 0 contra o Palmeiras viveram uma tarde inesquecível. A linda festa protagonizada pelos rubro-negros, principalmente após o gol histórico marcado por Danilo, lembrou os dias de casa cheia nas partidas do rubro-negro. Foi essa animação que tomou conta do Rio de Janeiro até o dia amanhecer.
— Não tem o que falar. Em 2019 eu estava vivendo outra fase da minha vida. Estar no Maracanã vivendo isso com a torcida, mesmo sendo à distância, é outro patamar. É a maior torcida do mundo. Quatro vezes campeões — comemorou Pedro Mourão, estudante de Educação Física.
Antes mesmo da bola rolar, já era possível notar a confiança — também conhecida como a tal “soberba rubro-negra” — transmitida pelos flamenguistas que tomaram conta da cidade com os mais diversos mantos nas cores rubro-negras. A exceção foi no lance que envolveu Pulgar e Bruno Fuchs. Foi a única vez que o Maracanã esteve numa quietude que só se encerrou com o apito do árbitro Dario Herrera, seguido de sonoros aplausos por parte dos torcedores.
No segundo tempo, os flamenguistas de Lima e do Maracanã foram coroados com o gol de Danilo, um assumido torcedor dentro de campo. A melhor forma possível de representar aqueles que estiveram no Peru, na casa do clube no Rio de Janeiro e até mesmo os que não estão mais neste plano.
— O Flamengo é a minha maior conexão com meu pai (Cândido Brandão), que já morreu. Vimos juntos o título de 2019, em 2022 já não conseguimos. Ser tetra assim é uma emoção absurda. Tenho foto desde pequena com a camisa do Flamengo junto dele. Vínhamos no Maracanã juntos. Voltar aqui foi um pouco difícil depois que ele se foi, mas comemorar o tetra hoje é absurdo — confessou, emocionada, a jornalista Ana Júlia Brandão.
