Novo ataque de tubarão na Austrália revive episódio que marcou lenda do surfe há 10 anos; relembre
Um novo ataque de tubarão na costa australiana voltou a reacender memórias de um dos episódios mais marcantes da história do surfe profissional. O praticante de windsurf Andy McDonald, de 61 anos, escapou ileso após ser atacado por um possível tubarão-branco enquanto surfava em Margaret River, no oeste da Austrália, na segunda-feira. O caso rapidamente fez lembrar o susto vivido há exatos dez anos por Mick Fanning, tricampeão mundial, quando foi surpreendido por um tubarão durante a final da etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul.
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Praticante de windsurf luta com tubarão e escapa ileso em praia famosa da Austrália; veja vídeo
McDonald, que surfava com um grupo em uma prancha de hidrofoil, caiu na água e viu o animal se aproximar. — Eu caí em cima dele... e comecei a socá-lo — contou o atleta em vídeo publicado pelo jornal local Augusta Margaret River Mail. — Então eu pulei na vela só para sair da água e comecei a gritar por socorro.
Mick Fanning foi atacado por tubarão em 2015
Reprodução
Ele foi resgatado por um amigo após remar por cerca de 15 minutos até a areia. Apesar do susto e da prancha destruída, saiu sem ferimentos. — Estou bem, sobrevivi para contar a história. Acho que não vou dormir por uma semana — disse, em tom de alívio.
Praticante de windsurf luta com tubarão e escapa ileso em praia famosa da Austrália
O incidente, registrado em vídeo, lembra imediatamente o ataque sofrido por Mick Fanning em 2015, transmitido ao vivo para o mundo inteiro. Durante a final da etapa sul-africana do Circuito Mundial, o australiano viu a corda de sua prancha ser puxada e reagiu com um soco no tubarão-branco. A imagem se tornou um dos momentos mais icônicos da história do esporte e simbolizou o limite entre o perigo e a coragem no surfe profissional.
Após o episódio, Fanning competiu por mais três temporadas, mas reconheceu que aquele encontro mudou sua forma de encarar o mar. — Foi o gatilho para pensar na minha vida após o surfe — declarou, anos depois, à CEO Magazine.
O australiano se aposentou das competições e mergulhou no mundo dos negócios. Fundou, ao lado de amigos surfistas como Joel Parkinson, Josh Kerr e Bede Durbidge, a cervejaria artesanal Balter, vendida por mais de US$ 100 milhões em apenas três anos. Desde então, expandiu seus investimentos para áreas diversas — de pranchas sustentáveis a imóveis e academias —, mantendo o espírito empreendedor que o consagrou dentro e fora d’água.
