No Al-Rayyan, Gregore projeta próximos passos da carreira e mantém carinho pelo Botafogo: 'Vejo todos os jogos'

 

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Pouco mais de quatro meses após sua chegada ao Catar, o volante Gregore garante que finalmente se adaptou ao país. Em entrevista exclusiva ao GLOBO, o ex-jogador do Botafogo apontou que a vida no Oriente Médio é completamente diferente do Brasil, projetou a sequência da carreira e revelou que mantém relação com o clube carioca.

Mesmo a mais de 11 mil quilômetros de distância do Rio de Janeiro, Gregore segue ligado ao Botafogo e acompanha todas as partidas do clube carioca. Como Doha está seis horas na frente da Cidade Maravilhosa, devido ao fuso horário, por vezes, o volante grava as partidas para assistir sempre que possível.

— Todo dia (acompanha o Botafogo), contra o Sport eu tava vendo o jogo. Vejo todos os jogos. Por causa do fuso horário, se eu não vejo na hora, eu deixo gravando e vejo depois, mas sempre tô acompanhando, tenho muitos amigos lá e o carinho que eu tenho também. Ainda falo com o pessoal de lá, estou no grupo dos atletas — disse Gregore em entrevista exclusiva ao GLOBO.

Aos 31 anos, Gregore está em seu oitavo clube da carreira — o segundo fora do Brasil — e deixou claro que, pelo menos por enquanto, não pensa em deixar o futebol catari. Com contrato válido até junho de 2027, a ideia do volante é construir uma trajetória sólida no Al-Rayyan e retribuir todo o esforço que o clube fez para tirá-lo do Botafogo.

— Hoje, eu pretendo ficar por aqui no Al-Rayyan. Eu gostei muito daqui, me adaptei rápido, o meu desejo é ficar aqui no Catar. O futebol é dinâmico, mas na minha cabeça eu quero dar o meu máximo aqui, me dedicar ao clube que me abraçou e eu quero retribuir da melhor forma — complementou o jogador.

O Al-Rayyan contratou o volante brasileiro, que atuou pelo Botafogo no último ano e meio, por 7 milhões de dólares (cerca de R$ 38,9 milhões, na cotação da época) após meses de negociações. Sua ida foi um pedido do técnico Artur Jorge, que conheceu o Gregore durante a passagem no time alvinegro.

Antes de fechar com o Al-Rayyan, Gregore teve propostas de dois clubes brasileiros quando ainda atuava pelo Botafogo. Palmeiras e Atlético-MG sondaram o atleta, mas John Textor, dono da SAF alvinegra, barrou qualquer negociação com outros clubes brasileiros. O volante afirma que nenhum clube o procurou desde que ele desembarcou no Catar.

— Não (recebi sondagens desde que cheguei ao Al-Rayyan). Teve uma do Palmeiras e uma do Atlético-MG quando eu ainda estava no Botafogo, mas o John Textor falou que no Brasil ele não me liberava. Depois do Al-Rayyan não rolou mais nenhum contato — completou o volante.