Netanyahu será recebido hoje por Trump na Flórida para discutir futuro da trégua em Gaza
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, será recebido nesta segunda-feira por Donald Trump em sua casa de férias, na Flórida, para discutir o futuro da trégua da Faixa de Gaza. A reunião está prevista para as três horas da tarde, no horário de Brasília.
Em meio ao impasse nas negociações, Washington e seus mediadores querem acelerar a implementação da segunda fase do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, já que a primeira etapa, mediada pelos Estados Unidos, entrou em vigor no dia 7 de outubro, mas permanece frágil, com acusações mútuas de violações.
O plano para a próxima fase inclui pontos sensíveis, como o desarmamento do Hamas, a retirada gradual das tropas israelenses, a criação de uma autoridade de transição e o envio de uma força internacional para a estabilização de Gaza. Este é o quinto encontro entre Netanyahu e Trump desde o retorno do republicano à Casa Branca. E além da trégua em Gaza, devem estar na pauta também temas como o programa nuclear iraniano, a situação na Síria e o desarmamento do Hezbollah no Líbano.
No domingo, na Casa de Férias, Trump recebeu o Zelensky para tratar da guerra com a Rússia. O presidente da Ucrânia afirmou nesta segunda-feira (29) que os Estados Unidos ofereceram garantias de segurança sólidas por 15 anos prorrogáveis contra a Rússia, mas disse que pediu um prazo maior. EEle pretende obter garantias de segurança entre 30 e 50 anos. Pouco depois dessa fala de Zelensky, o Kremlin confirmou que as negociações estão em fase final.
Trump chegou a falar ontem, no domingo, que estaria mais perto do que nunca de um acordo para encerrar o conflito, logo após se reunir com Zelensky e telefonar para Vladimir Putin.
Uma nova conversa também deve acontecer nos próximos dias entre Trump e Vladimir Putin, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, e, segundo Zelensky, equipes dos dois países devem se reunir novamente ainda na próxima semana para concluir pontos pendentes.
Trump também anunciou a possibilidade de receber em janeiro líderes da Ucrânia e da Europa em Washington para ampliar o diálogo diplomático pelo fim da guerra.
